Atualmente, Cristina Prochaska está no ar na reprise de História de Amor como Yara, mas a atriz não aparece na televisão há mais de uma década. Apesar disso, ela afirma que sua carreira artística continua ativa. 'Às vezes as pessoas acham que a nossa carreira só existe na televisão e no eixo Rio-São Paulo. Mas há vida artística fora, principalmente em um país continental como o Brasil. Nos últimos 15 anos, eu tenho me dedicado ao teatro, ao cinema — principalmente curtas-metragens —, além de produção artística. Atualmente, estou dirigindo um filme chamado Eu não recebo mais cartas, que conta um pouco da trajetória da minha família.'
Com 65 anos, Cristina reside em Ubatuba, litoral paulista, onde também atua como professora de inglês e se envolve com ações políticas. Ela já foi presidente da Fundação de Arte e Cultura da cidade e, nas eleições passadas, concorreu ao cargo de prefeita pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). 'A política sempre fez parte da minha vida. Eu fiz parte do movimento político-estudantil aos 14 anos. Fui três vezes candidata a vereadora e uma a prefeita em Ubatuba. Graças a Deus que não ganhei. A minha ideia é ajudar o partido e chamar voto, ser uma espécie de porta-voz. Eu não tenho a ambição de ter um cargo político.'
Sobre a reprise de História de Amor, que voltou a ser exibida nas tardes da Globo, Cristina comentou: 'Eu já tinha feito Felicidade (1991). O Manoel (Carlos) tem uma característica que me agrada muito, que é trazer para as suas tramas temas sociais importantes que acabam ganhando destaque. Nesta novela, foi o câncer de mama, por exemplo. E, fora isso, tive a oportunidade de contracenar com grandes atores, como Lilia Cabral e José Mayer, que são meus amigos até hoje.'
A atriz também fez parte do elenco da versão original de Vale Tudo, novela que terá um remake escrito por Manuela Dias, previsto para estrear em março. Cristina interpretou Laís, uma personagem que viveu um romance com Cecília (Lala Deheinzelin). Para ela, este trabalho foi um dos mais marcantes de sua carreira: 'Foi um trabalho que teve uma repercussão que dura até hoje. Constantemente, alguém me para na rua dizendo que o meu trabalho em Vale Tudo lhe ajudou a assumir sua homossexualidade para os pais. Isso é muito legal. Dá uma sensação de ter feito a diferença.'