Os fermentos são ingredientes fundamentais na panificação e confeitaria, responsáveis por proporcionar crescimento e maciez em pães, bolos e outros produtos assados. Existem dois tipos principais de fermento: o fermento biológico e o fermento químico. Mudanças na composição entre eles influenciam na saúde, tornando um tipo mais vantajoso que o outro.
O fermento biológico é amplamente utilizado na produção de pães e massas fermentadas, enquanto o fermento químico é comumente aplicado na confecção de bolos e biscoitos. Compreender o funcionamento de cada um e seus efeitos no organismo é essencial.
O fermento biológico é um ingrediente natural, composto por microrganismos vivos, sendo a levedura Saccharomyces cerevisiae a mais conhecida. Ele promove a fermentação da massa, onde os microrganismos consomem açúcares e liberam gás carbônico e etanol, permitindo que a massa cresça e resulte em pães macios e aerados.
Existem duas formas de fermento biológico: fresco e seco. O fresco, que é mais perecível, deve ser armazenado na geladeira, enquanto o seco possui uma durabilidade maior e pode ser guardado em temperatura ambiente. A fermentação lenta proporcionada pelo fermento biológico confere um sabor e textura diferenciados às massas.
Em termos de saúde, o fermento biológico apresenta diversos benefícios, como a melhoria na digestão e potencial aumento dos nutrientes na massa, devido à sua ação enzimática. Entretanto, algumas pessoas podem ser sensíveis às leveduras, o que pode provocar desconforto intestinal e inchaço. Além disso, o consumo excessivo desse fermento pode resultar em formação de gases intestinais.
Por outro lado, o fermento químico é uma combinação de bicarbonato de sódio, ácidos e agentes estabilizadores. Ao entrar em contato com umidade e calor, ele libera gás carbônico, permitindo que a massa cresça rapidamente. Esse tipo de fermento é frequentemente usado para bolos, biscoitos e massas leves.
Embora o fermento químico seja considerado seguro, ele pode apresentar alguns problemas de saúde. O bicarbonato de sódio, seu componente principal, é rico em sódio, um elemento que pode ser prejudicial para indivíduos com hipertensão ou problemas renais. O consumo excessivo do fermento químico também pode causar desconforto estomacal e alterar o equilíbrio ácido-base no organismo.
Ao compararmos os dois tipos de fermento, o fermento biológico se destaca como a opção mais saudável. Ele é um ingrediente natural que auxilia na digestão e pode melhorar a absorção de nutrientes. Além disso, pães fermentados de maneira natural tendem a ter um índice glicêmico menor do que aqueles preparados com fermento químico. Um estudo publicado na revista Nutrients indica que: "Além de serem importantes na fermentação de alimentos e bebidas, as leveduras têm demonstrado inúmeros efeitos benéficos à saúde humana. Entre estes, os efeitos probióticos são os efeitos de saúde mais conhecidos, incluindo prevenção e tratamento de doenças intestinais e efeitos imunomoduladores. Outras funções benéficas das leveduras incluem a melhoria da biodisponibilidade de minerais através da hidrólise do fitato, biofortificação do folato e desintoxicação de micotoxinas devido à ligação da superfície à parede celular da levedura."
Em contrapartida, o fermento químico pode ser uma opção mais prática, mas seu elevado teor de sódio representa riscos para a saúde cardiovascular. Portanto, seu uso deve ser moderado, especialmente para pessoas com restrições dietéticas relacionadas ao sódio. Mesmo que o fermento biológico seja a melhor escolha para quem busca benefícios à saúde, o químico pode ser utilizado ocasionalmente, desde que seu consumo seja feito com cautela!