Recentemente, o asteroide 2024 YR4 despertou a atenção de astrônomos ao apresentar um risco baixo, mas real, de colidir com a Terra em 2032. Dados atualizados indicam que a chance de impacto é menor do que o imaginado anteriormente, porém, o espaço abriga muitos outros corpos celestes que podem se aproximar perigosamente de nosso planeta. Este artigo examina como a ciência e as agências espaciais, como a NASA, se preparam para o que pode ser uma ameaça real.
O Sistema Solar contém milhões de asteroides, sendo que alguns deles são classificados como objetos próximos da Terra, ou NEOs (do inglês Near-Earth Objects). Esses corpos celestes têm trajetórias que os colocam a até 50 milhões de quilômetros da Terra. Dentro desse grupo, estão os asteroides potencialmente perigosos (PHAs), que possuem ao menos 140 metros de diâmetro e orbitam a uma distância mínima de 7,4 milhões de quilômetros do planeta, equivalente à distância da Terra até a Lua.
O impacto de um asteroide desse tamanho poderia causar danos imensuráveis se atingisse uma grande cidade, levando a esses objetos a serem popularmente conhecidos como “assassinos de cidades”. O Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS), da NASA, catalogou cerca de 37.500 NEOs, dos quais aproximadamente 2.500 são considerados potencialmente perigosos. Diante dessa realidade, o que pode ser feito se um desses corpos se aproximar da Terra com risco de colisão?
É relevante notar que a maioria dos cometas e asteroides conhecidos não apresenta riscos significativos, e atualmente não há nenhum objeto em rota de colisão com a Terra. Porém, a ciência continua a investigar e desenvolver estratégias para prevenir ou mitigar os efeitos de um possível impacto.
A ciência tem explorado diversas estrategias de defesa planetária, algumas inspiradas por ficção científica. Entretanto, especialistas concluíram que a solução mais viável não é destruir o asteroide, mas sim alterar sua trajetória. Entre os métodos já analisados pela NASA, destacam-se duas abordagens principais: o uso de uma explosão nuclear próximo ao asteroide e a técnica do impacto cinético.
A segunda abordagem, a técnica do impacto cinético, consiste em enviar uma espaçonave para colidir com o asteroide, alterando assim seu caminho. Essa técnica foi colocada em prática na missão DART (Double-Asteroid Redirection Test), realizada em 2022, quando a NASA colidiu uma de suas espaçonaves contra o asteroide Dimorphos. O resultado foi positivo, demonstrando a eficácia desse método na proteção da Terra contra objetos espaciais. Contudo, qualquer ação desse tipo requer planejamento antecipado e dados precisos sobre a órbita do asteroide-alvo.
Portanto, enquanto a ciência avança em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para a defesa planetária, a conscientização sobre a importância dessa proteção se torna cada vez mais relevante. É fundamental acompanhar essas inovações e discutir coletivamente os caminhos para garantir a segurança do nosso planeta.
Se você se interessou por esse assunto e quer saber mais sobre como a ciência está se preparando para proteger a Terra de asteroides perigosos, não hesite em comentar e compartilhar suas opiniões!