A WOH G64, uma das maiores estrelas conhecidas do universo, está passando por transformações significativas que podem indicar que ela está a caminho de se tornar uma supernova. Situada a impressionantes 160 mil anos-luz da Terra, essa supergigante vermelha é quase 2 mil vezes maior que nosso Sol e vem intrigando astrônomos ao redor do mundo.
As supergigantes vermelhas, como a WOH G64, são estrelas massivas e frias que já esgotaram suas reservas de hidrogênio em seus núcleos. Agora, elas começam a utilizar o hidrogênio gasoso presente em seus envoltórios, causando um processo evolutivo interessante.
Recentemente, uma equipe de pesquisadores se deparou com dados de telescópios, como o Very Large Telescope (VLT) e o Magellan, ambos localizados no Chile, que revelaram características notáveis da WOH G64. A estrela, que anteriormente atingia temperaturas de cerca de 3.000 ºC, agora alcançou impressionantes 4.500 ºC, tornando-se mais azulada em aparência e apresentando intensas linhas de emissão de elementos como níquel e ferro.
Esta mudança drástica na temperatura e na cor da estrela sugere um aumento na instabilidade. A WOH G64 está perdendo massa em um ritmo sem precedentes para uma supergigante vermelha, um aspecto que está gerando grande atenção na comunidade astronômica. A equipe de estudiosos observa que a estrela pode ter se transformado em uma hipergigante amarela, um estado nunca antes documentado.
Embora os astrônomos ainda não tenham certeza sobre o momento exato desta transição, eles acreditam que ocorreu em um intervalo de tempo relativamente curto, possivelmente nos últimos anos. Neste novo estágio, a WOH G64 está com metade do tamanho que tinha anteriormente e apresenta uma luminosidade significativamente reduzida.
As implicações destes dados são desafiadoras. Por um lado, os ventos estelares intensos da WOH G64 podem ser um indício de que a estrela está prestes a explodir em supernova. Por outro lado, também existe a possibilidade de que ela faça parte de um sistema binário, o que poderia alterar a interpretação de seus sinais.
A professora Roberta Humphreys, da Universidade de Minnesota, apresentou uma perspectiva intrigante. Segundo ela, a WOH G64 pode ter sido uma hipergigante amarela por muito tempo, mas passou por um período ativo que a fez parecer uma supergigante vermelha. Agora, aparentemente, a estrela estaria apenas retornando às suas características originais.
Embora tais processos tenham sido observados em outras estrelas, são casos relativamente raros e ainda há muitas perguntas sem resposta. “Precisamos nos perguntar: qual é exatamente o estado evolutivo desta estrela? Quando ocorrerá sua explosão em supernova?” questionou Humphreys.
Os pesquisadores se comprometem a continuar suas observações na WOH G64 para documentar sua evolução em tempo real, o que pode esclarecer muitas das dúvidas atuais. Quando o fenômeno da supernova eventualmente ocorrer, será um evento cósmico de enorme importância e potencialmente visível de grandes distâncias.
Os resultados deste estudo foram divulgados na revista Research Square, uma plataforma respeitada para a publicação de descobertas científicas. As novas análises sobre a WOH G64 mostram não apenas a complexidade das estrelas massivas, mas também a necessidade de uma abordagem contínua e colaborativa na ciência astronômica.
Além deste estudo, outros trabalhos sobre estrelas gigantes, como a Betelgeuse, que também apresenta características intrigantes, foram mencionados. A observação dessas supergigantes oferece uma visão fascinante sobre a evolução estelar e os ciclos de vida das estrelas, enfatizando a beleza e a complexidade do cosmos.
Este assunto suscita um convite à curiosidade científica. O que mais podemos aprender sobre estrelas como a WOH G64 e suas misteriosas transformações? Fique atento às novas descobertas!