Oswaldo Cruz é amplamente reconhecido como um dos principais médicos, bacteriologistas e sanitaristas do Brasil, conhecido por seus trabalhos fundamentais na área da saúde pública. Nascido em 1872, na cidade de São Luiz do Paraitinga, em São Paulo, ele se destacou ao enfrentar diversas epidemias que ameaçavam a população brasileira no início do século XX.
Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro no ano de 1892, Oswaldo Cruz aprimorou seus conhecimentos em bacteriologia no respeitado Instituto Pasteur, em Paris. Lá, ele teve a oportunidade de estudar sob a orientação de Émile Roux, que era discípulo do renomado Louis Pasteur.
Entre as realizações mais notáveis de Oswaldo Cruz estão a erradicação de doenças como a febre amarela, a peste bubônica e a varíola. Ele também foi fundamental nas campanhas que visavam ao combate do mosquito Aedes aegypti, vetor de várias doenças.
Um marco na sua carreira foi a fundação, em 1900, do Instituto Soroterápico Nacional, que eventualmente se tornou conhecido como Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma das instituições mais significativas de pesquisa em saúde pública não só do Brasil, mas também do mundo.
As vacinas desenvolvidas por Oswaldo Cruz desempenharam um papel crucial na proteção da população contra doenças gravemente infectocontagiosas. Contudo, a imunização só será eficaz se a população se comprometer a se vacinar. É importante que todos estejam cientes das vacinas essenciais disponíveis no Brasil e globalmente!
A história das vacinas remonta ao final do século XVIII, com a criação da vacina contra a varíola, que causou a morte de mais de 300 milhões de pessoas no século XX. Graças à imunização em massa, a varíola foi declarada erradicada em 1979.
Em 1904, o Brasil promulgou uma lei que tornava obrigatória a vacinação contra a varíola. Essa medida gerou resistência em uma fração da população, resultando no conhecido movimento da “revolta da vacina”.
No contexto das pandemias contemporâneas, a Covid-19 trouxe desafios sem precedentes, resultando em uma estimativa de 15 milhões de mortes globalmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A busca por uma vacina eficaz destacou a importância da imunização. Em maio de 2023, a OMS declarou o término da emergência de saúde pública iniciada em 2020 com a pandemia.
Dentre outras vacinas importantes, está a vacina contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, que pode levar a complicações severas e morte, embora a maioria das infecções seja assintomática. No Brasil, devido à vacinação em massa, a poliomielite foi considerada erradicada, com o popular Zé Gotinha simbolizando essa conquista.
A febre amarela, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti nas áreas urbanas, e pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes em áreas rurais, começou a ter vacinas aplicadas no Brasil a partir do final da década de 1930. A doença está sob controle, mas a vacinação é fundamental para evitar novos surtos.
A vacina DTP protege contra difteria, tétano e coqueluche, e sua introdução nos anos 80 proporcionou uma redução de 90% nos casos. A meningite ainda representa uma grave ameaça à saúde, mas o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza vacinas que protegem contra os vários tipos da doença, sendo a meningite tipo C a mais comum.
A tríplice viral, aplicada a partir dos 15 meses de idade, protege contra sarampo, caxumba e rubéola e, desde 2013, passou a oferecer também proteção contra a catapora, sendo por isso também chamada de tetravalente.
A vacina BCG, desenvolvida nos anos 1920, é um importante avanço no combate à tuberculose e à hanseníase, e deixa uma cicatriz característica no braço direito como marca de imunização.
A gripe, causada pelo vírus Influenza, é outra doença que, embora pareça comum, pode ser fatal, principalmente entre os idosos. O SUS oferece vacina anualmente contra a gripe.
Uma das doenças que ainda gera preocupação é a diarreia causada pelo rotavírus, que pode ser fatal para crianças. A vacina pode ser administrada a partir de seis semanas de vida, em duas ou três doses, dependendo do esquema vacinal utilizado.
Outro problema de saúde pública é a malária, que ainda afeta muitas regiões, especialmente na Amazônia. Existem vacinas recomendadas pela OMS para prevenir a doença, e foi a partir de uma epidemia em 2003 que o Brasil intensificou suas campanhas de vacinação, controlando, mas não erradicando, a doença.