A cidade de Duisburg, localizada no oeste da Alemanha, adotou uma abordagem inusitada para aumentar o número de eleitores nas próximas eleições nacionais, marcadas para 23 de fevereiro. Os cidadãos que votarem antecipadamente em uma seção eleitoral poderão receber uma bebida gratuita. Essa iniciativa visa reverter a baixa participação observada em ocasiões anteriores.
Os eleitores que entregarem suas cédulas até o início da tarde do último sábado (15/02) ganham uma cerveja sem custo. Além disso, o cupom também permite a troca por uma bebida não alcoólica. Essa proposta recebeu apoio de uma cervejaria local, de acordo com informações da prefeitura.
De acordo com a agência de notícias alemã dpa, cerca de 80 eleitores compareceram nas primeiras horas da oferta, demonstrando um início positivo para a campanha.
O oficial eleitoral de Duisburg, Martin Murrack, explicou que essa estratégia foi desenvolvida para aumentar o comparecimento à votação, especialmente no setor norte da cidade, que historicamente apresenta baixos índices de participação. Diferente do Brasil, onde o voto é obrigatório, a Alemanha adota o voto facultativo, o que permite que as cédulas sejam enviadas pelo correio ou entregues em seções eleitorais específicas.
Na última eleição federal, realizada em 2021, apenas 63,3% dos eleitores do distrito eleitoral de Duisburg II compareceram às urnas, contrastando com a média nacional de 76,6%. Murrack comentou que, com essa iniciativa inusitada, a cidade pretende atrair a atenção dos cidadãos que normalmente não são motivados a votar apenas por meio de campanhas tradicionais.
“Com essa campanha incomum, nossos carnavalescos estão garantindo que a eleição federal esteja mais uma vez no centro das atenções”, destacou Murrack. Ele ainda definiu a ação como “um benefício claro para o comparecimento dos eleitores e, portanto, para a nossa democracia”.
Os moradores da Alemanha estão se preparando para as eleições parlamentares que, neste ano, ocorrem em um contexto marcado pelo retorno do presidente dos EUA, Donald Trump, à Casa Branca e por intensos debates sobre migração interna.