Recentemente, uma mulher que havia acusado Sean “Diddy” Combs e Jay-Z de agressão sexual há 25 anos decidiu retirar o processo contra ambos. A desistência da ação foi formalizada em um auto de retirada voluntária protocolado na última sexta-feira (14), pelos advogados da acusante, o que resulta em prejuízo, impossibilitando que a denúncia seja reapresentada no futuro. O documento indica que “o advogado da autora discutiu este assunto com os representantes de cada réu, que reconhecem e consentem com o pedido”.
Um dos advogados de Jay-Z, cujo nome verdadeiro é Shawn Carter, expressou satisfação com a decisão. Alex Spiro, representante legal de Carter, declarou: “O falso caso contra ele, que nunca deveria ter sido instaurado, foi rejeitado”. Ele ainda afirmou que, ao enfrentar “acusações hediondas e falsas”, Jay-Z se destacou por não ter feito acordos e por não ter pago qualquer quantia, conquistando sua inocência e limpando seu nome.
A ação judicial foi inicialmente movida contra Combs em outubro de 2024. A mulher alegou que foi drogada e estuprada por ele e outra celebridade durante uma festa após o MTV Video Music Awards, no ano 2000, quando tinha apenas 13 anos. Em uma queixa revisada em dezembro de 2024, Jay-Z foi adicionado como réu e acusado de envolvimento no caso. Jay-Z negou as alegações, referindo-se a elas como “tão hediondas que imploro que você apresente uma queixa criminal, não civil”.
Os advogados de Jay-Z tentaram diversas vezes arquivar o processo antes da desistência da mulher. Em dezembro, um juiz indeferiu o pedido do músico para rejeitar o caso, permitindo que a vítima prosseguisse anonimamente, mesmo após a solicitação da equipe de Carter para que ela revelasse sua identidade. Nesse contexto, o juiz escreveu uma decisão dura, condenando os “esforços implacáveis” do advogado de Carter para arquivar o caso como “inapropriados”.
No mês seguinte, os advogados de Jay-Z tentaram novamente derrubar a ação e solicitaram sanções contra os representantes que abriram o caso, após terem sido reveladas várias inconsistências nas alegações da autora. Durante uma entrevista à NBC, a mulher admitiu algumas falhas em suas lembranças dos eventos, mas reafirmou que foi estuprada. “Nossa cliente continua ferozmente inflexível de que o que ela declarou é verdade, até onde se lembra”, afirmou seu advogado, Tony Buzbee.
Os advogados de Sean “Diddy” Combs também se pronunciaram, afirmando que o arquivamento do caso é “outra confirmação de que essas ações são baseadas em mentiras, não em fatos”, criticando “caso após caso movidos por indivíduos que se escondem atrás do anonimato”. Diddy, que enfrenta mais de quarenta processos relacionados a agressões sexuais, foi indiciado em setembro do ano anterior por acusações de conspiração para extorsão, tráfico sexual e transporte para se envolver em prostituição. Ele declarou-se inocente dessas acusações.
Na última sexta-feira (14), o advogado de Combs afirmou à CNN que ele “nunca abusou sexualmente ou traficou ninguém — homem ou mulher, adulto ou menor”. Já o advogado da acusante não se pronunciou sobre o caso.