Dieison Correa Zandavalli, de 36 anos, foi sentenciado a uma pena de 36 anos e seis meses de prisão em regime fechado pela prática de estupro e [morte da adolescente indígena](https://www.terra.com.br/noticias/homem-e-condenado-a-36-anos-de-prisao-por-estupro-e-morte-de-adolescente-indigena-no-rs,38fb23a8f3323d1ed5f33f9f615bcdf6shy4xvdt.html) Daiane Griá Sales, que tinha apenas 14 anos. O crime ocorreu em agosto de 2021, na cidade de Redentora, localizada na região Noroeste do Rio Grande do Sul. O julgamento, que se estendeu por mais de 20 horas, foi conduzido no Foro da Comarca de Coronel Bicaco, sob a presidência da juíza Ezequiela Basso Bernardi Possani.
Conforme a acusação do Ministério Público, Zandavalli abordou Daiane em um local onde estavam ocorrendo bailes, oferecendo a ela uma carona, enquanto a adolescente estava embriagada. Ele a levou para uma zona isolada, onde perpetrar o ato de estupro e subsequentemente a estrangulou, resultando em sua morte por asfixia. O corpo da jovem foi encontrado três dias depois, em uma área de matagal.
Durante o júri, foram ouvidas 11 testemunhas, além do interrogatório do réu. O acompanhamento do julgamento contou com a presença de familiares da vítima, membros da comunidade indígena e participantes de movimentos sociais. Zandavalli, que já estava em prisão preventiva no Presídio Estadual de Três Passos, teve sua detenção mantida após a decisão do júri.
Esse caso gerou um grande impacto devido à gravidade do crime e às circunstâncias relacionadas à violência contra uma adolescente indígena. A juíza ressaltou a necessidade de uma punição exemplar para crimes dessa natureza, enfatizando a importância de combate à violência direcionada a mulheres e grupos vulneráveis. Com a sentença proferida, Zandavalli deverá cumprir sua pena em regime fechado, sem possibilidade de progressão até que tenha cumprido pelo menos dois terços da pena imposta.