Recentemente, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o senador Flávio Bolsonaro trocaram farpas nas redes sociais, protagonizando um intenso embate virtual. A situação começou na noite de quinta-feira (13), quando Flávio, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, disparou críticas ao desempenho de Paes como gestor da cidade.
Em seu post, o senador não poupou palavras ao chamar o prefeito de "nervosinho" e insinuar que sua administração se resume a "maquiagem" em vez de ações efetivas de segurança. "Está no quarto mandato e não conseguiu resolver os problemas básicos do Rio. Só lorota! A Guarda Municipal tá largada, orientada pra dar porrada em trabalhador e multar motorista, ao invés de qualificá-la e armá-la para atuar em complemento às polícias estaduais. Quanto você investiu em segurança pública nos seus 13 anos de governo?", questionou Flávio, evidenciando a insatisfação em relação ao estado da segurança na capital fluminense.
As críticas foram além, apontando um cenário caótico na cidade. "O Rio tá um caos, trânsito pra tudo que é lado, trabalhador levando três horas de casa até o trabalho, tendo que pegar quatro conduções em ônibus com ar condicionado quebrado. Cada vez mais pessoas tendo que dormir na rua por falta de oportunidade", continuou o senador.
Flávio Bolsonaro não se limitou a criticar a falta de investimento em segurança pública, mas também atacou diretamente a administração de Paes. "Desordem nas praias, nos pontos turísticos e nas ruas, da Ilha do Governador a Santa Cruz. Não vamos deixar você trazer essa bagunça pro Estado inteiro", afirmou, ao mesmo tempo que defendia os policiais como "seres humanos" que estão lutando contra o crime organizado.
Além disso, ele adicionou uma crítica ao atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que Paes está "pendurado na virilha do Lula, que defende desencarceramento de bandidos" e que sua abordagem à segurança nunca funcionaria com seus "aliados petistas que romantizam o crime".
"No show da Lady Gaga, não esqueça, chame a polícia que você tanto critica, se não os eleitores de Lula/Paes vão fazer um estrago. Menos circo e mais segurança! Em 2027, o Rio não vai ter Lula nem Paes, vai ter Bolsonaro e paz!", finalizou Flávio em sua resposta contundente.
A reação do prefeito Eduardo Paes não tardou a chegar. Em um extenso texto postado em sua conta, ele fez questão de trazer à tona seus próprios argumentos. "Comecei o dia com o tal do Mineiro e vou ter que terminar com o rei da rachadinha, Flávio Bolsonaro, provavelmente falando desde sua mansão de milhões de reais comprada com chocolate da Kopenhagen. Não tô falando da polícia, não. Tô falando dos dois governadores que você elegeu aqui no Rio: Wilson Witzel e Cláudio Castro!".
Ao longo de sua resposta, Paes criticou os governos que Flávio ajudou a eleger, ressaltando que eles não respeitam as forças policiais e tiveram um papel destrutivo em relação à segurança pública no estado.
"O dedo de vocês é podre pro Rio de Janeiro. Vai vendo aí o resultado", continuou Paes, desafiando Flávio a considerar uma candidatura ao governo do estado. "Já pensou se fica sem mandato, hein? Haja loja de chocolate! Ah! Só não vale desmaiar de medo! Quem entende de segurança para ele é o Queiroz, né?" concluiu com ironia.
Esse embate nas redes sociais reflete não apenas a rivalidade pessoal entre Paes e Flávio Bolsonaro, mas também os desafios políticos e sociais enfrentados pelo Rio de Janeiro. Com as eleições de 2026 se aproximando, as provocações entre figuras políticas estão cada vez mais frequentes e acaloradas.
É evidente que a disputa pelo poder e as divergências ideológicas estão se intensificando, levando a confrontos verbais em público e nas redes sociais. A população carioca, afetada pelas preocupações com segurança, mobilidade e qualidade de vida, observa de perto essas discussões, que só tendem a aumentar nas semanas e meses que se seguem.
Enquanto isso, tanto Eduardo Paes quanto Flávio Bolsonaro precisarão se preparar para o que as próximas etapas políticas trarão, cientes de que, eventualmente, suas posturas e decisões influenciarão significativamente o futuro do estado do Rio de Janeiro.