O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou que estão em andamento as obras de construção de muralhas em todas as **instituições do Sistema Penitenciário Federal**. A declaração foi feita durante um evento que teve como foco o fortalecimento da segurança do sistema prisional.
No ano passado, dois detentos conseguiram escapar da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Em suas palavras, Lewandowski destacou: “Estamos agora construindo muralhas em todas as penitenciárias federais”.
Ele detalhou que as muralhas em questão não são estruturas comuns; trata-se de construções que se aprofundam no solo, contam com blindagem e possuem um efeito dissuasório. Esses aspectos visam coibir invasões e evitar fugas.
Após o incidente de fuga, foi anunciado um plano de construção de muralhas ao redor de todas as unidades do sistema federal, semelhante àquelas localizadas na unidade de Brasília. No entanto, até o momento, apenas o projeto da muralha em Mossoró foi iniciado, na última semana de janeiro deste ano. A próxima na lista seria a da unidade de Porto Velho, mas Mossoró recebeu prioridade nas obras.
O custo estimado dessa construção é de aproximadamente R$ 37 milhões, com uma previsão de entrega em março de 2025. Contudo, é importante ressaltar que para este tipo de obra, o tempo necessário de conclusão geralmente varia entre 8 a 12 meses. A falta de cronograma e os atrasos nas obras em ambas as unidades tornam o cenário atual preocupante.
Após a finalização das obras em Mossoró e Porto Velho, a intenção do governo é dar continuidade ao projeto, com a construção de muralhas adicionais em Campo Grande e Catanduvas, no Paraná. Até o momento, Brasília é a única unidade que já conta com este tipo de segurança, sendo reconhecida como uma das mais seguras da América Latina devido à proteção extra que a muralha oferece.
É relevante recordar que a fuga que motivou essas medidas ocorreu há um ano, envolvendo os detentos Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça. Este incidente foi a primeira fuga registrada em uma penitenciária federal. Os presos conseguiram escapar após abrir um buraco na luminária de suas celas, subir ao telhado, cortar o alambrado e se refugiar em uma área de mata. A fuga durou 51 dias até que ambos foram recapturados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na cidade de Marabá, no estado do Pará. Após serem capturados, Deibson e Rogério foram devolvidos ao Presídio de Mossoró, onde estão novamente sob custódia.
As autoridades continuam a trabalhar para garantir a segurança em todas as penitenciárias federais, reconhecendo a importância de medidas eficazes para evitar futuras fugas e garantir a proteção da sociedade.
Se você deseja saber mais sobre o tema ou compartilhar sua opinião, deixe um comentário abaixo e participe dessa discussão sobre segurança pública e penitenciária.