Um recente incidente envolvendo uma bala perdida foi registrado por uma câmera de segurança de uma van. O ocorrido teve lugar durante um tiroteio entre facções rivais no Morro do Juramento, localizado em Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na tarde da última quinta-feira (13).
Segundo relatos, o motorista da van, Adriano Marques, estava sozinho no veículo no momento do atentado, e o impacto da bala causou danos à van, resultando em estilhaços projetados para dentro do carro. Em uma declaração enviada ao g1, ele mencionou: "Quando eu estava passando na altura da Avenida Pastor Martin Luther King Júnior, vi os carros passando e decidi ir. Mas estava muito escuro e o meu carro é muito preto. Acho que eles confundiram o meu carro com um caveirão". Preocupado, ele rapidamente passou a mão pelo corpo para verificar se havia sido atingido.
Apesar do susto e de ter lidado com estilhaços, Adriano decidiu não procurar atendimento médico. Ele explicou: "Passei a mão no corpo para ver se tinha perfurado. Como eu vi que não tinha perfuração, só queria ir para minha família em casa". Essa decisão demonstra não apenas um alívio, mas também um desejo de retornar rapidamente ao seio familiar após o incidente.
O tiroteio provocou um fechamento temporário de um dos acessos à estação de metrô de Tomás Coelho, impactando a movimentação local, além de obrigar 21 linhas de ônibus a alterar suas rotas habituais. A situação, que gerou tensão entre os moradores da região, também teve uma vítima adicional: uma mulher que não estava na van foi atingida durante o confronto e levada para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, embora não haja atualizações sobre seu estado de saúde.
Adriano relatou que esta não é a primeira vez que sua van se vê envolvida em uma situação de violência; ele contou que já sofreu ataque com tiros neste ano. "A primeira foi um tiro que pegou na minha porta quando tentaram levar a van. Todo dia tem uma van roubada aqui na minha área, estão levando para o Quitungo", afirmou. Este testemunho ressalta a crescente preocupação com a segurança e a frequência de crimes na comunidade, refletindo um clima de apreensão entre os moradores que enfrentam diariamente a violência.