Na última quinta-feira (13), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), participou de uma cerimônia ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), onde foi anunciada a doação de terras da União para o estado do Amapá. Esta entrega é um marco importante para a regularização fundiária da região.
Durante o evento, Alcolumbre fez questão de destacar que, embora a Constituição de 1988 tenha criado um novo Estado na Federação e atendido a várias demandas, ainda faltava a entrega efetiva das terras para a população local. Ele afirma que "a Constituição de 88 criou um novo Estado na Federação, entregou demandas, mas não entregou" as terras.
A doação da Gleba Camaú, amplamente conhecida como "Área J", era aguardada há mais de 35 anos pelos amapaenses e representa um passo significativo para a regularização fundiária. Além dessa gleba, também foram assinados documentos de cessão de direitos e doação de terras das áreas Uruguinha, Rio Pedreira, Tucunaré, Aporema e Gleba Matapi.
Segundo informações do governo federal, essas doações resultam em "mais segurança jurídica para as pessoas empreendedoras da região", o que promete incentivar o desenvolvimento econômico local.
Nascido no Amapá, Alcolumbre expressou sua gratidão ao presidente Lula pelas medidas implementadas, destacando a importância da regularização para a população que, por anos, sonhou em ter a documentação de suas propriedades. "Hoje estamos tendo a oportunidade de sonhar com nossos destinos e futuro, a partir daqueles que estão há décadas em cima de uma propriedade, mas que não têm documento da terra", manifestou.
Além disso, o presidente do Senado não hesitou em reforçar a capacidade de preservação ambiental do estado. Alcolumbre enfatizou: "Nenhum lugar do mundo tem autoridade de falar em preservação, quem tem são os filhos do Amapá". Com isso, ele pediu respeito à autonomia do estado no que diz respeito à preservação e manutenção do meio ambiente, alegando que "o mundo não pode impor nada ao Amapá, na relação da preservação e da manutenção do meio ambiente".
Esta cerimônia é vista como um avanço crucial para resolver um dos desafios históricos enfrentados pelo estado, que luta pela regularização fundiária e pela valorização de sua população. Com a entrega dessas terras, muitas famílias poderão finalmente receber os documentos que garantem a propriedade das suas terras, um sonho que se arrastou por muitas gerações.
O evento, além de marcar um momento de celebração, também aponta para uma nova fase de desenvolvimento e esperança para o Amapá, onde a regularização fundiária pode proporcionar melhorias significativas para a qualidade de vida da população. O reconhecimento das demandas locais e o cumprimento das promessas feitas pela Constituição são passos fundamentais para promover justiça social e igualdade de oportunidades para os cidadãos do estado.
Por fim, a entrega de terras da União ao Amapá não é apenas uma ação governamental, mas simboliza a luta e a resistência do povo que espera há muito tempo por justiça e reconhecimento. Seguimos acompanhando essa história e convidamos você, leitor, a compartilhar suas opiniões e experiências sobre o tema nos comentários.