O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, manifestou nesta terça-feira (11) sua intenção de dialogar com aliados ocidentais sobre uma resposta "firme e clara" em reação à tarifa de 25% imposta pelos Estados Unidos sobre todas as importações de aço e alumínio. Durante uma conferência em Paris dedicada à inteligência artificial (IA), Trudeau ressaltou que essa tarifa é "totalmente injustificada", considerando que o aço e o alumínio canadenses são utilizados nos EUA para a fabricação de equipamentos militares, embarcações, veículos e diversos outros produtos manufaturados.
O Canadá ocupa a posição de maior fornecedor externo de aço e alumínio para os Estados Unidos, o que torna a situação ainda mais delicada. Trudeau enfatizou: "Trabalharemos com a administração americana nas próximas semanas para destacar os impactos negativos para os americanos e canadenses dessas tarifas inaceitáveis. Também colaboraremos com nossos parceiros e amigos internacionais". Ele também mencionou que deixará o cargo de primeiro-ministro no próximo mês, mas isso não interfere na sua disposição de enfrentar o dilema tarifário.
O primeiro-ministro canadense mostrou-se determinado a garantir que os efeitos adversos dessa tarifa sejam amplamente reconhecidos, tanto na América do Norte quanto entre aliados globais. "E se for necessário, nossa resposta, é claro, será firme e clara", completou Trudeau, sinalizando que o Canadá está preparado para reagir de maneira decisiva às medidas tomadas pela administração dos EUA.
A imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos não é uma novidade, mas a resposta do Canadá, liderada por Trudeau, pode sinalizar um novo nível de tensão comercial na região e afetar as relações com outros aliados. A expectativa agora é que as discussões que se seguirão nas próximas semanas possam resultar em um desfecho que proteja os interesses canadenses sem aprofundar um conflito comercial que poderia ter repercussões significativas na economia dos dois países.
Além disso, as implicações dessas tarifas vão além do setor de aço e alumínio. Outros setores, como manufatura e serviços, também podem sentir o impacto. Por isso, a posição do Canadá pode influenciar a percepção e a estratégia de outros países que dependem do comércio com os EUA e estão observando atentamente a situação.
Enquanto isso, Trudeau deve continuar a reunir apoio tanto em casa quanto no exterior, buscando aliados que possam fazer pressão sobre os EUA para reconsiderar essas tarifas. O diálogo internacional se torna essencial para garantir que o Canadá e outros parceiros possam enfrentar juntos os desafios impostos por essas políticas comerciais.