Um grupo de cientistas britânicos e chilenos inova ao desenvolver um asfalto denominado "regenerativo", projetado para reparar automaticamente suas próprias rachaduras. Esta tecnologia possui o potencial de diminuir a formação de buracos nas vias e aumentar a durabilidade do pavimento.
A pesquisa, realizada por equipes do King’s College London e da Swansea University, utilizou inteligência artificial para analisar a composição molecular do betume, o principal componente do asfalto. A partir dessa análise, os pesquisadores identificaram reações químicas que favorecem a autorreparação das fissuras. Um dos fatores que contribui para a formação de rachaduras é o endurecimento do betume causado pela oxidação.
O funcionamento da tecnologia é simples e eficiente: microcápsulas menores que fios de cabelo são incorporadas ao asfalto. Quando surgem fissuras, essas cápsulas se rompem e liberam óleos reciclados, que ajudam a amolecer o betume. Essa fluidez permite o preenchimento das rachaduras, restaurando a superfície.
Um estudo de 2023, publicado pelo portal CupomVálido e baseado em dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e no site britânico de comparação de preços Compare The Market, apontou a qualidade do asfalto brasileiro como precária. O Brasil foi classificado como o segundo pior país para se dirigir, considerando taxas de mortalidade no trânsito, congestionamento e alto custo de manutenção dos veículos.
Segundo especialistas, a situação do asfalto no Brasil se relaciona menos com a qualidade do material e mais com o desgaste excessivo e a falta de manutenção adequada das vias. A extensa malha rodoviária e a priorização do transporte rodoviário para escoamento de produção acrescem à saturação do asfalto, resultando em uma redução de sua vida útil.
“O Brasil tem essa particularidade de ser um país rodoviário e, junto com as proporções continentais, tem todo esse escoamento de produção via malha rodoviária e falta de investimento”, comentou a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos (Abeda) ao Jornal da USP. “O que há é uma saturação da malha”.
Conforme dados do Banco Mundial, o Brasil é o país com a maior concentração de transporte rodoviário, com 58% da movimentação de cargas e pessoas entre as grandes economias globais. A malha rodoviária é responsável por transportar 75% da produção nacional, enquanto os modais marítimo, aéreo e ferroviário representam, respectivamente, 9,2%, 5,8% e 5,4%.
São 61 mil km de estradas federais sob administração do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Brasil, e, segundo o estudo, a camada de asfalto, que representa apenas a superfície das vias, é uma parcela pequena em relação aos materiais utilizados na infraestrutura. É vital que a base das estradas seja sólida para garantir a qualidade do pavimento.
Especialistas criticam as operações de "tapa-buraco" promovidas por diversas gestões públicas no Brasil, considerando-as paliativas e ineficazes a longo prazo. A falta de planejamento estrutural adequado pode resultar em buracos, principalmente quando não são considerados fatores climáticos no projeto das vias.
Conforme a Confederação Nacional do Transporte, mais da metade das rodovias brasileiras está em condição regular, ruim ou péssima. Um dos fatores que agrava a situação é o transporte de cargas em caminhões que excedem o limite de peso permitido, o que contribui para a deterioração das estradas.
O calor intenso, que pode elevar a temperatura do asfalto a até 70º C em algumas regiões durante o dia, é outro fator que acelera o desgaste das vias. Um estudo recente da Universidade Federal de Goiás demonstrou que o uso de materiais como borracha triturada pode aumentar a durabilidade das rodovias no Brasil. Tal material, proveniente do reaproveitamento de pneus, tem mostrado bom desempenho sob altas temperaturas e suporta 200 vezes mais carga que o asfalto convencional.
Essas descobertas revelam a necessidade urgente de inovações na infraestrutura viária nacional, e a tecnologia de asfalto regenerativo pode ser um passo significativo nessa direção. O investimento em soluções inovadoras e sustentáveis pode não apenas melhorar a qualidade das estradas, mas também minimizar os custos a longo prazo com manutenção e acidentes.
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