O caso do médico Wilson Roos Junior, acusado de duplo homicídio, será julgado no dia 9 de abril. O tribunal se reunirá no Fórum de São Gabriel, local onde ocorreu o crime, em 16 de maio de 2023, que resultou na morte de sua ex-companheira, Thiéle Sallet Molina, de 29 anos, e do major do Exército, Rodrigo Falcão, de 38 anos.
Desde o momento do crime, Roos se encontra preso. Ele enfrenta acusações de homicídio duplamente qualificado e de feminicídio triplamente qualificado. A investigação conduzida pela Polícia Civil revelou que os assassinatos foram motivados por razões torpes, com um uso de força que dificultou a defesa das vítimas e em um cenário de violência doméstica. Há ainda um agravante: as filhas de Thiéle presenciaram a tragédia, o que pode resultar em uma pena mais severa caso Roos seja condenado.
O crime, que chocou a cidade, aconteceu em um condomínio de luxo em São Gabriel. Segundo relatos de testemunhas, Roos foi à casa da ex-companheira para visitar as filhas, mas uma discussão entre eles rapidamente escalou. O major Falcão interveio na briga e, em resposta, Roos sacou uma pistola calibre 380, disparando contra ambos. Enquanto Falcão morreu na hora, Thiéle foi levada para o hospital e, após uma cirurgia, não conseguiu sobreviver, vindo a falecer na madrugada seguinte.
Após os disparos, Roos fugiu e foi localizado na residência de um amigo. Após negociações, entregou-se à polícia e foi preso em flagrante. A defesa do médico, representada pelos advogados Ezequiel Vetoretti e Rodrigo Grecellé Vares, argumentou que alguns aspectos da denúncia são equivocados. Os advogados prometem contestar as alegações detalhadamente durante o julgamento e expressaram a esperança de que o processo seja conduzido de maneira justa, ressaltando que a verdade deve prevalecer.
Esses eventos trágicos colocam em questão o contexto da violência doméstica e a necessidade de um sistema de justiça eficaz, que não apenas puna os culpados, mas que também previna futuros crimes e proteja as vítimas. O aguardo pelo julgamento gera expectativa entre a comunidade local e reforça a importância de se discutir a gravidade da violência contra a mulher envolvida nesses casos complexos.