A morte de Ruan Corrêa Arruda da Silva, de 22 anos, durante uma perseguição policial em Guarujá (SP), levantou uma série de questões sobre a atuação da polícia. O jovem foi baleado na cabeça e a versão da polícia, que indicou que o disparo foi acidental, está sendo contestada pela mãe do rapaz, Juliana Corrêa Arruda Felipe.
Ruan morreu após ser atingido por um tiro disparado por um policial militar. O incidente ocorreu na madrugada do dia 6 de fevereiro de 2025, quando ele e um grupo de motociclistas foram abordados pela PM. Depois do disparo, o jovem foi levado a um hospital, mas não sobreviveu aos ferimentos. “Foi um tiro para matar”, afirmou Juliana, que expressou sua indignação com a afirmação do PM sobre o disparo acidental.
Segundo o boletim de ocorrência (B.O), a abordagem ocorreu após a polícia observar motociclistas fazendo manobras perigosas. Durante a tentativa de fuga de Ruan, ele foi perseguido e, segundo o PM, o tiro aconteceu por acidente. Entretanto, a versão da mãe do motociclista levanta dúvidas sobre as circunstâncias que cercam a morte de seu filho.
A última atualização do B.O indica que a Polícia Civil tomou conhecimento da morte do jovem horas depois do ocorrido, o que fez com que o caso passasse a ser investigado como homicídio.
Juliana não economizou palavras ao falar sobre seu filho. "Meu filho era lindo, trabalhador, honesto e nunca fez mal pra ninguém", disse a mãe, que também se preocupava com os riscos que o hobby de empinar motos trazia. Ela compartilhou um vídeo nas redes sociais pedindo justiça e afirmou veementemente que o policial que disparou a arma deve pagar pelo ato. "Você vai pagar pelo assassinato do meu filho. Não foi um tiro acidental, foi um tiro para matar", reafirmou.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo respondeu à situação informando que um Inquérito Policial Militar foi instaurado e que todos os pontos da morte estão sendo apurados. Segundo a SSP-SP, a PM não tolera excessos e toma medidas rigorosas contra os policiais que não seguem o protocolo.
Sobre o dia do incidente, Juliana relatou que seu filho estava apenas se divertindo com amigos. “Ele falava que o único lazer dele era esse. As únicas coisas que meu filho gostava eram futebol, jogar videogame e empinar de moto”, disse. A mãe se recorda de que, antes de a abordagem policial acontecer, amigos de Ruan relataram que, ao verem a viatura, ele tentou abaixar a moto.
O laudo do hospital onde Ruan foi atendido registrou que ele chegou com ferimentos graves e, segundo informações iniciais, ele foi atingido por um tiro que causou perda de massa encefálica no lado esquerdo da cabeça. A causa do óbito foi confirmada como um ferimento por arma de fogo cerebral. O caso, além de ser tratado como homicídio, provocou uma série de questionamentos sobre os protocolos policiais e as abordagens em situações de risco.
Além disso, foi reportado que a motocicleta de Ruan estava com o licenciamento vencido e que ele havia colidido com um carro estacionado, fato que pode ter contribuído para a gravidade dos seus ferimentos. A cada nova informação que surge, fica mais evidente a necessidade de mais transparência e justiça neste caso.
Juliana destacou ainda que tinha preocupações constantes sobre os hobbies de seu filho, especialmente em relação ao risco de abordagem policial e acidentes, algo que se concretizou de forma trágica nesta situação. Ela se lembra de uma abordagem anterior, onde Ruan teve sorte, mas desta vez não houve outra chance.
Além de serem questões de segurança pública, situações como a morte de Ruan Corrêa Arruda da Silva levantam um importante debate sobre o uso da força policial e a responsabilidade nas ações de agentes de segurança. A sociedade exige respostas e justiça em casos de supostas infrações que resultam em tragédias.
Assim, a morte de Ruan é uma chamada à ação para que temas como ética, proteção ao cidadão e o dever da polícia de manter a ordem sem infringir a vida do cidadão sejam discutidos e aprimorados. A busca por justiça por parte da família de Ruan é um reflexo do desejo de mudança da sociedade.
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