Trump encerra acesso de Biden a informações confidenciais

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última sexta-feira (7) que está revogando o acesso do ex-presidente Joe Biden a informações confidenciais, além de cancelar sua autorização de segurança. Com essa decisão, os briefings diários de inteligência que Biden recebia serão interrompidos imediatamente.

Trump afirmou: "Não há necessidade de Joe Biden continuar recebendo acesso a informações confidenciais. Portanto, estamos revogando imediatamente as Autorizações de Segurança de Joe Biden e interrompendo seus Briefings de Inteligência diários." Ele destacou que Biden havia estabelecido um precedente em 2021, quando orientou a Comunidade de Inteligência (CI) a bloquear o acesso do 45º presidente dos Estados Unidos a informações sobre Segurança Nacional, um privilégio tradicionalmente concedido a ex-presidentes.

Em uma postagem no Truth Social, Trump também fez menção a um relatório do Conselheiro Especial Robert Hur, que descrevia Biden como um "homem idoso e bem-intencionado com memória fraca." Na oportunidade, Biden já havia respondido que sua memória estava em boas condições. A Reuters buscou uma posição oficial de um representante de Biden nesta sexta-feira.

Os briefings de inteligência são uma prática comum para ex-presidentes, permitindo que eles permaneçam informados sobre questões de segurança nacional mesmo após deixarem o cargo. Na mesma postagem, Trump apontou que Biden, durante sua presidência, havia utilizado seu poder para instruir a comunidade de inteligência a impedir que Trump recebesse esses briefings. Em 2021, logo após assumir a presidência, Biden revelou em entrevista à CBS que não via valor em permitir que Trump tivesse acesso a tais informações, dada sua preocupação com o comportamento do ex-presidente e a possibilidade de ele vazar dados sigilosos: "Qual é o valor de dar a ele um briefing de inteligência? Que impacto ele tem, além do fato de que ele pode escorregar e dizer alguma coisa?", declarou Biden.

Essas tensões entre os dois ex-presidentes refletem profundas divisões políticas e a constante disputa em torno da segurança e da transparência nas comunicações governamentais.