O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que irá divulgar tarifas recíprocas na próxima semana, uma medida que sinaliza uma escalada em sua guerra comercial com diversos parceiros econômicos. O anúncio ocorreu durante uma reunião com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, que estava em visita oficial ao país. No entanto, Trump não detalhou quais países seriam afetados por essas novas tarifas.
Essa busca por tarifas recíprocas é uma promessa antiga de Trump, e muitos de seus assessores também apoiam essa estratégia. Durante sua campanha eleitoral, ele já havia se comprometido a implementar uma legislação que lhe permitiria aplicar a “mesma tarifa exata” a qualquer nação que impusesse impostos sobre produtos fabricados nos EUA.
O presidente expressou repetidas queixas sobre os impostos elevados que outros países cobram sobre produtos americanos, argumentando que os Estados Unidos precisam de um “acordo justo”. Este discurso tem coexistido com suas ameaças de impor novas tarifas abrangentes sobre setores estratégicos, como o de aço importado, produtos farmacêuticos e petróleo. Dentre os alvos de sua atenção, Trump tem enfatizado especialmente o imposto sobre valor agregado (IVA) da União Europeia, que possui uma taxa mínima de 15%, que pode aumentar significativamente em diferentes países. Ele declarou recentemente a jornalistas que essa taxa estava “nas alturas”.
Adicionalmente, Trump tem utilizado essa possibilidade de tarifas como uma forma de aumentar sua influência nas negociações com outras nações, abordando questões como imigração ilegal, contrabando de fentanil e déficits comerciais.
Recentemente, Trump decidiu adiar a imposição de tarifas de 25% sobre produtos provenientes do Canadá e do México, após esses países apresentarem apenas compromissos limitados em relação às preocupações com segurança nas fronteiras. Isso levou a especulações sobre a determinação do presidente em levar adiante suas ameaças fiscais. Por outro lado, ele já impôs tarifas de 10% sobre bens chineses, embora a Casa Branca tenha afirmado que ele planejava dialogar com o presidente chinês, Xi Jinping, em busca de soluções para os conflitos comerciais.