De acordo com dados do painel Impostômetro, elaborado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), os contribuintes brasileiros já desembolsaram R$ 500 bilhões em impostos nos primeiros 40 dias de 2025. Este valor representa um crescimento de 8,3% em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior, quando a arrecadação somou R$ 461,6 bilhões. A previsão é de que esse montante seja oficialmente registrado no próximo domingo, dia 9, às 6h09.
O economista Ulisses Ruiz de Gamboa, associado ao Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP, ressaltou que a alta na arrecadação deve-se a diversos fatores, como o fortalecimento da economia, o aumento da inflação e as mudanças nas alíquotas tributárias. "A inflação desempenhou um papel relevante, uma vez que o sistema tributário brasileiro é baseado majoritariamente em impostos sobre o consumo, que incidem diretamente sobre os preços dos bens e serviços", afirmou.
Além da inflação, outros elementos contribuíram para essa elevação nos tributos, como a elevação das alíquotas do ICMS, a reoneração dos combustíveis, a tributação sobre incentivos fiscais nos estados e medidas implementadas pelo governo federal, incluindo a tributação offshore e o restabelecimento do voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
Apesar do crescimento acelerado nos primeiros dias do ano, Ruiz de Gamboa pondera que a evolução da arrecadação tributária em 2025 pode ser mais moderada. Isso se deve a um crescimento econômico mais tímido e aos efeitos da alta da taxa básica de juros, conhecida como Selic. Essa combinação pode impactar a capacidade do governo de arrecadar com a mesma intensidade observada até agora.
A situação fiscal do país é sempre um tema em debate, especialmente quando impacta diretamente a vida dos cidadãos. Assim, é essencial que os brasileiros se mantenham informados sobre como essas variáveis afetam o contexto econômico e, por conseguinte, suas finanças pessoais. Manter-se atualizado é fundamental para entender o sistema tributário e suas nuances.