O Partido Liberal (PL) está considerando a possibilidade de solicitar que a votação do projeto de anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023 seja realizada diretamente no plenário da Câmara dos Deputados. Este plano, no entanto, depende do apoio que a proposta conseguir angariar entre os parlamentares.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), confirmou à CNN que vem dialogando com seus colegas sobre o assunto. Em entrevista na quarta-feira (5), ele declarou que as conversas estão "avançando", mas não há uma expectativa clara de quando a votação poderá ocorrer. Cavalcante ressaltou: “Para a semana que vem não vai ser. Hoje não há garantia de entrada na pauta nem de aprovação no plenário.” Atualmente, o texto da proposta encontra-se em uma comissão especial que foi criada para sua análise, mas essa comissão ainda não teve a oportunidade de funcionar devido à falta de membros.
Além disso, o novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem enfatizado que qualquer projeto precisará contar com um consenso mínimo da maioria dos deputados. Até o momento, ele não se comprometeu em relação ao tema da anistia.
A proposta de anistia foi escolhida como a prioridade da bancada de deputados federais do PL para o ano de 2025. No entanto, a indecisão sobre a possibilidade de aprovação pode levar a bancada a reavaliar outras iniciativas que possam assumir a dianteira na agenda legislativa do partido. Um exemplo disso é a proposta de alteração das regras da Lei da Ficha Limpa, que, caso aprovada nos termos atuais, poderia reduzir o período de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Diante deste cenário, o debate sobre a anistia se intensifica e envolve diferentes elementos políticos, o que pode impactar significativamente a dinâmica dentro da Câmara.
Para aprofundar estas questões, é essencial observar não apenas o posicionamento dos líderes e das bancadas, mas também a reação do público e dos partidos envolvidos.