Erika Januza tem uma conexão especial com a Sapucaí, e quem observa sua trajetória nota a familiaridade que ela demonstra nesse espaço. Desde sua estreia como musa do Salgueiro em 2020 até se tornar rainha de bateria da Viradouro, a mineira passou por uma evolução significativa ao longo de cinco anos durante o Carnaval do Rio de Janeiro.
No seu novo programa do GNT, “Rainhas Além da Avenida”, que estreia em 14 de fevereiro, Erika irá explorar os bastidores do Carnaval, revelando as histórias e desafios enfrentados pelas rainhas do Grupo Especial do Rio. A atração é uma produção do Afroreggae e promete dar um olhar mais íntimo sobre a vida dessas mulheres.
Em conversa com a Glamour, Erika compartilha que sua vivência junto à comunidade foi fundamental para que ela entendesse melhor essa realidade. "Muitas vezes ia para a frente da bateria preocupada, cansada ou com dor. Um dia fiquei pensando como era esse bastidor para as outras rainhas e resolvi conversar com elas", conta. A ideia inicial era compartilhar essas conversas em suas redes sociais, mas o projeto rapidamente ganhou novas proporções ao ser adotado pelo canal.
A atriz ainda enfatiza que o programa mostrará sua rotina autêntica, desde a chegada de cara limpa e chinelo na quadra até os momentos em que brilha no Carnaval.
A inquietação levou Erika a refletir sobre a vida das rainhas do Carnaval. "Muitas vezes, eu estava na frente da bateria, cansada ou correndo de um ensaio para o outro. Queria entender como esse cotidiano impactava todas nós e percebi que esse era um tema a ser explorado", explica. Com o apoio de seu stylist e amigo, Vitor Carpe, a ideia tomou forma e rapidamente foi atraente para o GNT, resultando em uma produção que traz a verdadeira essência dessas mulheres que cintilam na avenida.
Erika enfatiza a importância de mostrar a vida cotidiana das rainhas do Carnaval. "Queria realmente entrar na vida delas e mostrar quem é aquela mulher longe do reinado. Ela lavando louça, malhando, indo ao médico, levando o filho na escola. Enfim, a vida de uma mulher real e não em fragmentos", relata. A atriz se identificou com as experiências de várias delas e compartilha que ficou surpresa ao ouvir histórias, como a da Fabíola Andrade, rainha da bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, que revelou nunca ter dado entrevista antes. "Terminando a série, me senti lisonjeada e enriquecida por todas tantas mulheres terem confiado em mim e compartilhado suas narrativas", diz Erika.
Diante das discussões recentes sobre a autenticidade e a conexão com a comunidade no Carnaval, Erika reflete: "Não nasci na comunidade, mas honro aquele lugar, me envolvo com eles. Hoje, me sinto parte e acho que eles sentem que sou parte dela". Essa relação, segundo ela, é crucial, especialmente quando se observa o papel do Carnaval na cultura e na economia do Brasil. "O Carnaval é maior que um desfile; é uma expressão cultural rica que envolve ancestralidade e família", explica. Erika ressalta que, por trás do brilho na avenida, existem pessoas que trabalham arduamente e que muitas vezes ficam invisíveis ao público.
A atriz também reflete sobre a pressão de se encaixar em um determinado estereótipo e como isso impacta sua performance. "Encontrei meu espaço que gosta de sambar, mas isso já me incomodou muito porque via todo mundo fazendo outros movimentos. Não sou a rainha que fica fazendo passos, porque também não vou entrar em um território que não sei", afirma. Sua dedicação ao samba e ao Carnaval se transformou em um aprendizado contínuo ao longo dos anos, levando-a a aprimorar sua habilidade.
Erika Januza está prestes a levar os espectadores para uma nova dimensão do Carnaval, explorando não apenas o glamour, mas também a realidade de vida das mulheres que compõem essa realeza. Ao compartilhar suas histórias, ela promete engajar o público e oferecer uma visão autêntica e honesta do que significa ser uma rainha do Carnaval.
O programa vai além do simples entretenimento, funcionando como uma plataforma de valorização da cultura e da comunidade que tanto trabalha para tornar o Carnaval uma festa memorável. A expectativa para a estreia é grande, e certamente, muitos estarão ansiosos para ver como Erika Januza se imergirá ainda mais nas histórias dessas mulheres incríveis que brilham e fazem história na Sapucaí.