Após a recente saída da Argentina da Organização Mundial da Saúde (OMS), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) expressou sua opinião, afirmando que sob uma eventual nova administração de Jair Bolsonaro (PL), o Brasil também deveria deixar a organização. Em sua mensagem, ele comentou: “Se @jairbolsonaro fosse presidente do Brasil sairia também. Bolsonaro sempre esteve certo”, referindo-se à postura crítica do ex-presidente em relação à OMS.
Remontando a 2020, durante o auge da pandemia da Covid-19, Jair Bolsonaro já havia manifestado sua intenção de se desvincular da OMS, argumentando que a entidade operava com um “viés ideológico”. O ex-presidente chegou a dizer: “Com todo o respeito, o que menos tem de ciência é a nossa OMS. Parece que não acerta nada, fica num vaivém o tempo todo”, mostrando seu descontentamento com as diretrizes e ações da organização na época.
A CNN está tentando estabelecer contato com Jair Bolsonaro para obter sua posição sobre as recentes declarações de seu filho.
No dia 5 de fevereiro, a Argentina anunciou oficialmente sua saída da OMS, uma decisão que ocorre em um contexto mais amplo, considerando que os Estados Unidos também se desvincularam da instituição nas semanas anteriores. Manuel Adorni, porta-voz da presidência argentina, afirmou que a saída se deu devido a “diferenças sobre a gestão sanitária” que prevaleceram durante a pandemia. Ele também ressaltou que a Argentina não aceitará intervenções estrangeiras na soberania nacional, especialmente no que diz respeito à saúde pública.
A Organização Mundial da Saúde, fundada em 1948, desempenha um papel crucial na coordenação global de respostas a emergências de saúde. Com uma equipe composta por mais de 8 mil profissionais, a OMS atua no combate a doenças transmissíveis, como gripe e HIV, assim como em doenças não transmissíveis, incluindo câncer e distúrbios cardíacos. Além disso, a organização é responsável por implementar ações de prevenção e vigilância sanitária.
Diante desse cenário, a discussão sobre a relevância e a atuação da OMS continua a ser um tema polarizador em muitos países, refletindo as diferentes visões sobre a saúde global e as autonomias nacionais.