O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), expressou em uma recente agenda pública que a situação de alagamento no Jardim Pantanal, localizado na zona leste da capital, é muito complicada e requer estudos aprofundados antes de qualquer solução ser implementada. Durante uma declaração, ao ser questionado sobre as propostas apresentadas pela prefeitura para a área, Tarcísio enfatizou que "em todas elas [propostas] foi fácil detectar problemas. Não adianta dar uma solução porque a gente está no meio da pressão. Isso não vai resolver".
O governador fez essa declaração enquanto estava acompanhado do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que anteriormente havia comentado sobre sua preocupação com a grande quantidade de terra e construções irregulares encontradas na região. Nunes ressaltou que a prioridade no momento é a assistência às famílias afetadas, com apoio de assistentes sociais, agentes de saúde, além da distribuição de alimentos e colchonetes. Ele mencionou: "Fiquei assustado com a quantidade de locais em que as pessoas jogaram terra e construíram barracos em cima. [...] Não tem nada definido do que vamos fazer, de forma definitiva".
A prefeitura de São Paulo está atualmente considerando três possíveis abordagens para lidar com os problemas na região. Uma delas envolve a realocação dos moradores, que representa a opção mais cara. As outras alternativas giram em torno de um projeto de macrodrenagem, a qual incluiria a construção de diques, reservatórios e canais destinados a desviar a água da chuva, além da criação de um parque. No entanto, Tarcísio alertou que nenhuma dessas alternativas seria capaz de resolver a situação "do dia para a noite" e lembrou que adotar uma "solução simplista que trará uma resposta errada" pode ser danoso. Ele afirmou: "Se a gente der a resposta errada, nós vamos gastar dinheiro e não vai resolver a vida de ninguém".
O governador igualmente destacou a importância de se considerar que quaisquer decisões tomadas terão um impacto significativo na vida dos residentes da área. "A gente precisa estruturar uma solução de engenharia que fique de pé do ponto de vista social, do ponto de vista técnico e do ponto de vista financeiro. Caso contrário, a gente vai errar. Então, qual é o prazo? Eu não sei", concluiu.