A senadora Soraya Thronicke, do Podemos-MS, anunciou sua desistência da corrida para a presidência do Senado. Este pleito ocorrerá neste sábado (1º), e Soraya era a única mulher na disputa pelo cargo. “Decidi humildemente renunciar à minha candidatura, porque sou capaz de reconhecer o cenário atual, o cenário possível. Não se trata de desistência, mas de estratégia. Sozinha, sem a imprensa, não conseguiria concretizar a mudança que eu defendo. Unida a outros líderes, podemos construir um Senado mais forte e representativo”, afirmou ela.
Além de Soraya, outro senador do seu partido, Marcos do Val (Podemos-ES), também retirou sua candidatura. Na competição, encontram-se o senador Davi Alcolumbre (União-AP), que é considerado favorito, Eduardo Girão (Novo-CE) e o Astronauta Marcos Pontes (PL-SP). Em busca de mais informações e detalhes sobre a eleição, o público pode conferir:
Antes do início da votação, Soraya fez um discurso ressaltando a escassez de mulheres em posições de destaque no Congresso Nacional. “Em 200 anos, nunca tivemos uma mulher na presidência do Senado e nem da Câmara. Na Mesa Diretora, raramente uma mulher ocupa o cargo de titular. Quando muito, são suplentes, e quando existem candidatas, raramente são reconhecidas como tal”, declarou a senadora.
Durante seu discurso, Soraya expressou sua gratidão pelo apoio recebido das senadoras da bancada feminina, que é liderada por Leila Barros (PDT-DF). Ela também mencionou que levará as propostas da bancada ao futuro presidente do Senado. “Isso não é apenas uma questão de presença, é uma questão de voz. Nós mulheres somos a maioria da população, mas a minoria no legislativo. Se não tivermos espaço e independência, teremos cada vez menos políticas públicas voltadas para as mulheres”, finalizou Soraya.
Para quem deseja entender melhor o processo eleitoral e a estrutura da Mesa Diretora do Senado, a história e as regras são essenciais para uma compreensão mais ampla do funcionamento do Legislativo brasileiro.