O filme "Canina", disponível no Disney+, traz uma narrativa inusitada que aborda os desafios da maternidade de uma forma leve e reflexiva. Com a atuação marcante de Amy Adams, famosa por seus papéis em "Encantada" e "A Chegada", a trama estreou no dia 24 de janeiro e rapidamente se tornou um tópico de conversa entre as mães.

A história gira em torno de uma mãe que decide abrir mão de sua carreira artística para se dedicar ao seu filho, Carson, de apenas 2 anos. Essa escolha não é sem desafios, especialmente porque o pai só está presente aos fins de semana, fazendo com que ela enfrente sozinha as peripécias da maternidade. No decorrer do filme, a personagem começa a perceber mudanças estranhas em seu corpo, como um faro aguçado e até o surgimento de um rabo.

A metáfora do animal é uma forma envolvente de expressar como a maternidade pode moldar a identidade feminina, revelando a luta interna das mulheres para manter sua individualidade enquanto desempenham o papel de mãe. Marielle Heller, a diretora, consegue imergir o público em uma experiência universal, fazendo com que muitas mulheres se sintam refletidas nas vivências da protagonista.

As mães certamente irão se identificar com várias situações cotidianas apresentadas no filme. Aqui estão 10 cenas que ilustram essa conexão:

Reconhecendo a realidade: Em uma conversa descontraída no mercado, a mãe revela que, apesar da percepção comum de que ser mãe 24 horas é maravilhoso, ela se sente aprisionada. O diálogo aborda a pressão e as expectativas geradas pelo papel maternal.
Falta de descanso: Mesmo com a intenção do pai de ajudar, a mãe percebe que não pode realmente relaxar, uma vez que, em sua mente, ele não está cumprindo as responsabilidades como ela gostaria. “Quando você não está aqui, eu faço tudo isso sozinha”, ela desabafa, retratando a sobrecarga que muitas mães enfrentam.
Sindrome da culpa: Ao refletir sobre a dificuldade do filho em dormir, a mãe se culpa por essa fase, sentindo que se tivesse seguindo orientações dos livros, tudo teria saído melhor. Ela lida com a frustração e insegurança que acompanham muitas mães.
Ajuda que não é ajuda: Quando o pai oferece sua ajuda, a mãe reage com frustração, atestando que não é ajuda se ele também é responsável pelo filho. Essa cena ressalta a necessidade de uma divisão mais equitativa das tarefas parentais.
Insegurança sobre a aparência: Durante um momento íntimo, a mãe se sente vulnerável e teme que seu marido a ache diferente por conta das mudanças em seu corpo. "Tenho medo que você vai me achar asquerosa", ela admite, abordando a insegurança comum após a gravidez.
Um momento de paz: Ao transformar o cotidiano em brincadeira de cachorros, a mãe descobre uma nova maneira de lidar com seu filho, resultando em uma noite tranquila de sono para ambos — algo raro na maternidade.
Entediante realidade: Mesmo amando passar tempo com o filho, a mãe se vê entediada em algumas atividades, como contação de histórias. Essa cena revela a homogeneidade que algumas atividades infantis podem trazer.
Redefinindo a identidade: A mãe denuncia sua luta interna ao se lembrar que ainda pode ser artista, criando uma exposição de arte que simboliza a reconexão com seu eu anterior, apesar das mudanças.
Reflexões sobre arrependimentos: Quando questionada se se arrepende de ser mãe, ela afirma que não, entanto sente falta de um planejamento mais equilibrado sobre os cuidados da criança, algo que muitas mulheres podem entender.
Entre o real e o absurdo: O filme tece um enredo que, embora envolva elementos lúdicos, também provoca reflexões profundas sobre a experiência da maternidade, suas alegrias e seus desafios.

"Canina" oferece um olhar fresco e ao mesmo tempo realista sobre a jornada da maternidade e suas complexidades. É um filme que não só entretém, mas também traz à tona questões que muitas mães enfrentam em sua rotina diária. Para mulheres e homens, a reflexão proposta pelo filme é uma oportunidade de entender mais sobre a dinâmica da maternidade e suas implicações na vida de uma mulher.

Se você se identificou com as situações apresentadas ou conhece alguém que também passa por essas experiências, não deixe de compartilhar suas reflexões nos comentários! Vamos conversar sobre as diversas faces da maternidade.

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