A recente publicação do Censo 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que São Caetano do Sul, localizada no ABC Paulista, lidera o ranking nacional em proporção de cidadãos com mais de 25 anos que possuem ensino superior. Na verdade, metade dos 165 mil habitantes da cidade completou pelo menos a graduação.

Em contraste, três cidades despontam com a menor taxa de educação superior no país: Santa Luzia do Norte e Coqueiro Seco, ambas em Alagoas, e Nordestina, na Bahia, onde apenas 2% da população possui diploma. E entre os municípios maiores, Belford Roxo, na Baixada Fluminense, registra a maior carência neste aspecto, com apenas 6% de residentes com ensino superior.

De acordo com Bruno Perez, pesquisador do IBGE responsável pela análise dos dados, essas diferenças nas grandes cidades estão relacionadas a dinâmicas específicas das regiões metropolitanas. Ele explica que São Caetano do Sul é uma cidade de porte pequeno, mas muito próxima ao centro de São Paulo, o que resulta em indicadores educacionais semelhantes aos de bairros de classe média na capital.

“Se separasse Pinheiros, por exemplo, teria uma população semelhante à de São Caetano do Sul, com indicadores semelhantes, talvez melhores até”, afirmou Bruno.

O caso de Belford Roxo, por outro lado, é comparado a outros municípios mais empobrecidos de várias regiões metropolitanas em diferentes estados, como São Paulo, Ceará e Paraíba. Bruno destaca que, entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, os piores resultados estão frequentemente nos subúrbios dessas regiões, sugerindo que muitos profissionais de nível superior atuam na cidade, mas residem em outras áreas.

Além disso, esta é a segunda divulgação de dados sobre educação do Censo 2022. Anteriormente, em maio do ano passado, o IBGE já havia disponibilizado informações sobre alfabetização e a escolaridade média da população brasileira. É importante lembrar que essa pesquisa é amostral, abrangendo 10% da população, mas desenhada para ser representativa em todo o país.

Cidades com Maior Proporção de Ensino Superior

A seguir, confira a lista das cidades com mais de 100 mil habitantes que possuem a maior porcentagem de moradores com diplomas de ensino superior:

São Caetano do Sul (SP) - 50%
Niterói (RJ) - 43%
Florianópolis (SC) - 43%
Vitória (ES) - 43%
Santos (SP) - 41%
Brasília (DF) - 39%
Curitiba (PR) - 39%
Nova Lima (MG) - 38%
Porto Alegre (RS) - 36%
Valinhos (SP) - 35%

Cidades com Menor Proporção de Ensino Superior

Por outro lado, as seguintes cidades apresentam as menores taxas de moradores graduados:

Belford Roxo (RJ) - 6%
Maranguape (CE) - 7%
Francisco Morato (SP) - 8%
São João de Meriti (RJ) - 8%
Queimados (RJ) - 8%
Santa Rita (PB) - 8%
Nossa Senhora do Socorro (SE) - 8%
Cabo de Santo Agostinho (PE) - 9%
Magé (RJ) - 9%
Simões Filho (BA) - 9%

Análise Geral das Cidades

Por fim, analisando todas as cidades, confirma-se o quadro das cidades que mais e menos têm moradores com ensino superior:

Mais moradores com ensino superior:

São Caetano do Sul (SP) - 50%
Águas de São Pedro (SP) - 44%
Niterói (RJ) - 43%
Florianópolis (SC) - 43%
Vitória (ES) - 43%
Santos (SP) - 41%
Brasília (DF) - 39%
Curitiba (PR) - 39%
Nova Lima (MG) - 38%
Porto Alegre (RS) - 36%

Menos moradores com ensino superior:

Coqueiro Seco (AL) - 2%
Nordestina (BA) - 2%
Santa Luzia do Norte (AL) - 2%
Muquém do São Francisco (BA) - 3%
Lamarão (BA) - 3%
Palmeirândia (MA) - 3%
Queimada Nova (PI) - 3%
Olho d'Água Grande (AL) - 3%
Rafael Jambeiro (BA) - 3%
Sítio Novo (RN) - 3%

Esses dados ressaltam as discrepâncias educacionais entre as regiões do Brasil e a importância de continuarmos a promover a educação de qualidade para todos. Se você ficou interessado nesse tema ou conhece outros fatos relevantes sobre educação no Brasil, compartilhe suas opiniões e sugestões nos comentários!

Últimas notícias

Ranking de cidades com maior ensino superior no Brasil

Cidades brasileiras com mais imóveis do que moradores

Últimas notícias

Ranking de cidades com maior ensino superior no Brasil

Cidades brasileiras com mais imóveis do que moradores