O presidente do Chile, Gabriel Boric, informou na noite de terça-feira (25) que a energia foi parcialmente restaurada para cerca de 4,1 milhões dos 8 milhões de lares que enfrentaram uma grande queda de eletricidade em todo o país. Durante uma coletiva de imprensa, Boric enfatizou que, apesar da recuperação, a situação ainda é instável, com a energia voltando de forma gradual e irregular.

Estado de emergência e toque de recolher

Além da restauração parcial de energia, o presidente anunciou um estado de emergência e um toque de recolher que permanecerá em vigor das 22h às 6h, abrangendo a região norte de Arica até a região sul de Los Lagos. Boric destacou a importância de monitorar constantemente a situação para garantir que as companhias de energia restabeleçam os serviços de forma eficaz e rápida.

Causas do apagão

A queda generalizada de energia foi atribuída a uma falha em uma linha de transmissão localizada no norte do país. A ministra do Interior, Carolina Toha, afastou a hipótese de ataque cibernético como causa para a interrupção. O apagão afetou amplas áreas, incluindo a metrópole de Santiago, onde a falta de energia gerou ruas mal iluminadas e muitos prédios escuros.

Impacto no transporte e na indústria

O Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred) relatou que o apagão causou danos em 14 das 16 regiões chilenas. A situação afetou, inclusive, o serviço do metrô de Santiago, que interrompeu suas operações, deixando milhares de passageiros em estações escuras.

No setor industrial, a estatal chilena Codelco, reconhecida como a maior produtora de cobre do mundo, confirmou que todas as suas divisões foram impactadas, e as minas de Chuquicamata, Andina, Salvador e El Teniente enfrentaram cortes de energia.

O apagão, que é considerado um dos maiores nos últimos anos, causou caos na capital, com sirenes de veículos de emergência ecoando pela cidade e a população enfrentando dificuldades devido à escuridão generalizada.

Situação atual e próximos passos

Em sua declaração, Boric afirmou: “Neste momento, dos 8 milhões de domicílios que estavam sem eletricidade, 4.150.000 vêm recuperando energia gradualmente, mas de forma instável.” Ele ressaltou que a situação continua a ser monitorada para que os serviços possam ser normalizados rapidamente.

A população chilena aguarda ansiosamente a solução completa do problema que causou o apagão, especialmente em áreas críticas, como São Paulo. A recuperação financeira e operacional se torna cada vez mais essencial para garantir a normalidade nas vidas dos cidadãos chilenos.

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