A recente escolha da seleção brasileira por um uniforme vermelho para a Copa de 2026, criado em colaboração com a marca Jordan, gerou discussões acaloradas sobre as decisões estéticas das seleções de futebol. O novo modelo, que será apresentado em março de 2026, pretende quebrar a tradição histórico-cultural da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que sempre associou as cores dos uniformes às da bandeira do Brasil.
A cor vermelha, que não faz parte da bandeira nacional, é um tributo ao Pau-Brasil, árvore emblemática que originou o nome do país, além de refletir uma vontade de inovação na identidade visual da seleção. Essa mudança acontece em um contexto de experimentação, onde se destaca a camisa preta utilizada em um jogo contra a Espanha como forma de protesto antirracista. Embora o azul continue a ser uma marca registrada desde 1958, a recente opção pelo vermelho busca modernizar a imagem do time.
A questão das cores não tradicionais não é exclusiva do Brasil. A Alemanha, equipe tetracampeã, surpreendeu ao usar rosa e roxo em 2022, desafiando o tradicionalismo. O Uruguai, conhecido por seu uniforme celeste, também optou por vermelho em jogos recentes. Outras seleções, como a Bélgica, que homenageou Tintim com um tom de azul claro, ou a Costa Rica, que vestiu listras pretas e brancas em sua histórica campanha de 1990, também experimentaram com suas cores de forma criativa.
As escolhas de cores por parte das seleções muitas vezes revelam significados profundos. Por exemplo:
As colaborações com marcas como Nike e Jordan têm alimentado a criatividade nas opções de uniformes, buscando não apenas modernizar a estética, mas também aumentar o apelo global das camisas. A nova camisa vermelha da seleção brasileira faz parte de uma coleção premium e inclusiva, trazendo detalhes em couro que prometem chamar a atenção dos torcedores e do mercado. Especialistas comentam que essa dinâmica entre tradição e inovação reflete as mudanças no marketing esportivo contemporâneo.
As reações nas redes sociais têm se mostrado polarizadas; muitos torcedores demonstram apoio à modernização da identidade visual da seleção, enquanto outros criticam a aparente distância do clássico verde e amarelo. A CBF ainda não confirmou oficialmente a nova camisa, mas essa discussão sobre mudança de cores encontra paralelo no histórico da Itália, que mantém sua tradicional cor azul, conhecida como 'Azzurro', desde 1911, mesmo sem essa tonalidade na bandeira nacional.