O Paquistão emitiu um alerta nesta quarta-feira, dia 30 de abril, informando que possui "informações críveis" sobre um ataque militar iminente da Índia nas próximas 24 a 36 horas. A declaração foi feita pelo ministro da Informação, Attaullah Tarar, em meio a uma crise acentuada após o recente massacre de 26 civis em Pahalgam, na Caxemira administrada pela Índia, no dia 22 de abril. Este atentado é considerado o pior contra turistas na região em duas décadas, e provocou uma onda de acusações entre os dois países, com Nova Délhi responsabilizando Islamabad pelo ataque e o Paquistão negando qualquer envolvimento, demandando uma investigação internacional.
O atentado em Pahalgam, que vitimou majoritariamente cidadãos indianos, gerou uma série de retaliações diplomáticas significativas. O Paquistão suspendeu o tratado de águas que é vital para seu abastecimento agrícola e fechou a passagem fronteiriça de Wagah, a principal conexão civil entre as duas nações. Além disso, o alto-comissário paquistanês foi convocado a Nova Délhi para protestos formais, indicando a gravidade da situação atual.
Informações provenientes de fontes de inteligência no Paquistão sugerem que a Índia estaria preparando bombardeios cirúrgicos contra alegados campos militantes na Caxemira sob controle paquistanês. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, teria autorizado uma "resposta proporcional" das Forças Armadas na terça-feira, 29 de abril, conforme relatado pelo Ministério da Defesa. Este aumento da tensão entre os dois países marca o pior momento nas relações bilaterais desde 2019, quando um ataque em Pulwama culminou em confrontos aéreos e a ameaça de um conflito nuclear.
Embora a ONU não tenha se manifestado até o momento sobre a situação, analistas alertam sobre os riscos de uma escalada nuclear, considerando o histórico de conflitos intensos e rápidos entre Paquistão e Índia. Há também preocupações sobre a possível quebra do cessar-fogo estabelecido em 2021, que conseguiu reduzir os incidentes de violência nas fronteiras em 70%. O governo paquistanês já emitiu um alerta à população sobre a possibilidade de novos ataques, informa o noticiário local em transmissões oficiais disponibilizadas no YouTube.
A Caxemira é uma região marcada por um longo e sangrento conflito territorial desde 1947, e vários grupos militantes lutam pela independência ou pela incorporação ao Paquistão. Infelizmente, as estatísticas de violência têm mostrado um aumento de 40% nos ataques a civis na parte indiana da Caxemira desde o início de 2023, de acordo com relatórios não oficiais.
Diplomatas ocidentais em Islamabad descrevem a crise atual como uma "bomba-relógio geopolítica", com um risco iminente de erros de cálculo militar entre as duas potências nucleares. A falta de canais diplomáticos ativos, que foram severamente comprometidos após o rebaixamento das relações, intensifica o risco de um confronto direto entre Paquistão e Índia.
Fontes citadas: CNN Brasil, O Globo, Swissinfo, YouTube, UOL (todos entre 25-30/04/2025).