No último domingo, 21 de abril de 2025, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas fez um importante anúncio que marcará o futuro das produções cinematográficas. A partir de agora, as inscrições para o Oscar 2026 deverão incluir informações específicas sobre o uso de inteligência artificial (IA) nas produções. Esta decisão visa assegurar transparência no processo e evitar influências indevidas nas indicações.
A medida surge em meio a controvérsias envolvendo o uso de tecnologias de IA em filmes recentes, como *O Brutalista* e *Emilia Pérez*. Embora essas produções tenham explorado ferramentas de IA para aprimorar vozes e sotaques dos atores, a utilização não significou que foram inteiramente geradas por IA. A decisão da Academia é um reflexo da necessidade de um equilíbrio entre avanços tecnológicos e a manutenção da autoria criativa humana.
As novas regras estabelecem claramente que o uso de IA não deverá contribuir ou prejudicar as chances de um filme ser indicado ao prêmio. A Academia reafirma que a combinação da criatividade humana é o foco principal na avaliação das obras cinematográficas. Além disso, a instituição anunciou a criação de uma nova categoria dedicada ao melhor casting, premiando assim os diretores de elenco, o que também representa um avanço nas categorias oferecidas pela premiação.
Essas diretrizes não apenas refletem a crescente integração das tecnologias no setor, mas também demonstram uma preocupação significativa em preservar o caráter humano na produção cinematográfica. O compromisso da Academia com a criatividade autêntica é uma tentativa de garantir que o cinema continue a contar histórias que ressoem com o público.
A 98ª edição do Oscar está agendada para 15 de março de 2026, um evento que prometerá não apenas premiar os melhores filmes, mas também abrir um debate sobre como as novas tecnologias, incluindo a IA, poderão moldar as narrativas do futuro. Os indicados deverão ser conhecidos com antecedência, marcando um passo importante na história da premiação.