Após o empate em 1 a 1 entre Fluminense e Vitória, que ocorreu no último domingo, 20 de abril de 2025, no Estádio do Maracanã, o técnico Renato Gaúcho não hesitou em exprimir sua insatisfação com a arbitragem e a atuação do VAR. O jogo, válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, teve como um dos principais pontos de controvérsia a não marcação de um pênalti sobre o jogador Jhon Arias, que foi claramente puxado dentro da área adversária no segundo tempo.
O embate começou com o Fluminense abrindo o placar, mas viu o Vitória igualar a partida. O principal clímax da discussão foi o momento em que Jhon Arias foi puxado, um lance que, aos olhos de muitos, deveria ter resultado em pênalti. Entretanto, tanto o árbitro quanto o VAR não revisaram o incidente, deixando os torcedores do Fluminense frustrados com o resultado.
Na coletiva de imprensa posterior ao confronto, Renato Gaúcho foi incisivo em suas críticas. Ele chamou a atenção para o que classificou como um "lance ridículo", lamentando a ineficácia do VAR, uma tecnologia que deveria estar a serviço da justiça no futebol. “A CBF entrega uma Ferrari para o Stevie Wonder pilotar”, disse o treinador, fazendo uma analogia irônica para ilustrar o suposto despreparo da equipe responsável pela análise dos lances por meio da tecnologia.
Renato também questionou a composição da comissão de arbitragem da CBF, que inclui membros estrangeiros, levantando a dúvida se essa diversidade realmente contribui para resultados melhores nas arbitragens. Ele sugeriu que a entidade deveria promover palestras com treinadores para aprimorar o entendimento das regras de jogo.
"Ridículo o lance. Eu gostaria de chegar aqui, mesmo quando perco, e elogiar a arbitragem. É inaceitável que um especialista no VAR não consiga perceber um puxão na camisa do Arias. Só faltou tirar a camisa dele e levar para casa", ressaltou.
A insatisfação de Renato Gaúcho reflete um descontentamento mais amplo com a arbitragem no futebol brasileiro, onde erros recorrentes têm gerado frustração entre os clubes. Com o empate, o Fluminense perdeu a oportunidade de conquistar três pontos valiosos, fator que pode impactar consideravelmente sua posição no torneio.
Renato destacou que essa situação não afeta apenas o Fluminense, mas é parte de um problema estrutural do futebol nacional, que necessita de uma urgente revisão nos critérios de seleção e formação dos profissionais que operam o VAR. "É um ciclo que precisa ser interrompido. O VAR nasceu para corrigir os erros, mas o que vemos é uma repetição deles a cada rodada", enfatizou.
O empate do Fluminense e sua decorrente frustração com a arbitragem reabrem o debate sobre a eficácia do VAR e a qualidade da arbitragem no Brasil. As contundentes críticas de Renato Gaúcho, que ressoam nas vozes de muitos torcedores e técnicos, exigem uma resposta da CBF, que enfrenta pressões para aprimorar tanto os métodos de arbitragem quanto a implementação da tecnologia nas partidas. À medida que o campeonato avança, os desafios para a, sempre complicada, arbitragem brasileira se tornam cada vez mais evidentes.