Ser educado em conversas com chatbots, como o ChatGPT, pode estar custando caro. O CEO da OpenAI, Sam Altman, recentemente trouxe à tona que a cortesia nas interações com a inteligência artificial resulta em despesas exorbitantes, que chegam a dezenas de milhões de dólares devido ao consumo de eletricidade. Cada vez que um usuário utiliza expressões como "por favor" ou "obrigado", o sistema gasta recursos computacionais adicionais para processar e responder de maneira adequada, o que impacta diretamente no consumo de energia elétrica.
A adoção de uma linguagem polida nas interações com a inteligência artificial não só intensifica os gastos financeiros, mas também agrava o impacto ambiental. Os centros de dados que sustentam esses sistemas já representam cerca de 2% da eletricidade consumida em todo o mundo, uma taxa que tem potencial para aumentar à medida que a inteligência artificial se torna mais integradora no cotidiano da sociedade.
Apesar da inteligência artificial não possuir a capacidade de sentir emoções, muitos usuários preferem tratá-la com cortesia. Uma pesquisa recente revelou que 67% dos americanos adotam uma abordagem educada com assistentes de IA, e 55% acreditam que essa atitude se trata de "fazer a coisa certa". Além disso, há quem considere essa polidez uma forma de precaução para um futuro onde as máquinas possam desenvolver consciência.
A problemática levantada por Sam Altman sobre a maneira como interagimos com a tecnologia ilustra a complexidade da relação entre seres humanos e máquinas. Embora os custos gerados sejam significativos, a OpenAI parece aceitar esse encargo como parte de um movimento maior em direção a interações mais naturais e intuitivas.
À medida que a dependência da tecnologia se intensifica em nossas vidas, é essencial refletir sobre os impactos econômicos e ambientais resultantes dessas interações. A discussão sobre a polidez em comunicações com inteligência artificial é, portanto, não apenas uma questão de cortesia, mas também um indicador das implicações que nossas escolhas têm no mundo à nossa volta.