O Corinthians atravessa um momento crítico após uma sequência de seis jogos, onde conseguiu apenas uma vitória, somando duas partidas empatadas e três derrotas, resultando em um baixo aproveitamento de 27,8%. Essa situação preocupante levou à iminente demissão de Ramón Díaz e à busca por Tite como solução prioritária.
A negociação com Adenor Leonardo Bacchi, conhecido como Tite, ganhou força depois que o técnico não conseguiu concretizar propostas de clubes no exterior, especialmente da Arábia Saudita. O interesse do Corinthians em Tite começou em 2023, mas a atual circunstância reflete uma urgência por um projeto de longo prazo e a necessidade de restabelecer a identidade do clube.
Reuniões internas revelaram uma estagnação no projeto atual, levando a críticas sobre a falta de evolução tática e os resultados inconsistentes. A prevista demissão de Ramón Díaz, marcada para ocorrer em breve, acelerou as tratativas com Tite, visto como um símbolo de estabilidade após suas passagens anteriores pelo clube.
As negociações estão avançadas, com expectativa de um anúncio ainda este mês. A prioridade da diretoria é garantir a presença de Tite antes da próxima partida do Brasileirão, evitando a permanência de um técnico interino por um período prolongado.
A falta de planejamento após a conquista do título paulista contribuiu para a crise atual. Nas últimas seis partidas, o time anotou somente seis gols e sofreu oito, evidenciando fragilidades tanto na defesa quanto na criatividade em campo. A diretoria reconhece a necessidade de uma reestruturação imediata, visando evitar o risco de rebaixamento.
A chegada de Tite dependerá de ajustes contratuais, incluindo sua autonomia para montar uma comissão técnica e definir contratações. Enquanto isso, a equipe se mobiliza para recuperar a forma antes do confronto com o Grêmio, que é aguardado como um teste crucial para o restante da temporada.
Essa não é a primeira vez que o Corinthians busca um técnico de peso em meio a crises. O episódio de Vanderlei Luxemburgo em 2023 é um exemplo de que mudanças nem sempre geram resultados positivos. Entretanto, a atual pressão financeira e a possibilidade de perda de apoio da torcida tornam a situação ainda mais delicada.
Com a possível chegada de Tite, espera-se uma reorganização tática e um melhor aproveitamento de jogadores-chave, como Garro e Hugo Souza, que têm chamado a atenção, mesmo em meio a uma fase complicada. A diretoria mantém esperança de que essa mudança reimplante a confiança nas competições que estão por vir.
A aposta em Tite é vista como mais do que uma simples troca técnica. É uma iniciativa para resgatar a essência corintiana em um cenário repleto de desafios, onde o sucesso dependerá da união da diretoria e da paciência dos torcedores.