O atacante do Flamengo, Bruno Henrique, enfrenta sérias acusações de corrupção em competições esportivas, com indiciamento pela Polícia Federal (PF) após alegações de que ele forçou um cartão amarelo durante um jogo decisivo contra o Santos, no Brasileirão de 2023. Segundo um relatório da PF, o esquema de manipulação teria gerado um lucro de R$ 11.364,43, envolvendo nove pessoas, inclusive familiares do jogador.
A investigação teve início em 2024, após alertas de casas de apostas sobre movimentações financeiras suspeitas durante a partida de 1º de novembro de 2023. No plano das investigações, são mencionadas 14 apostas feitas por pessoas próximas ao atleta, o que levou a PF a encaminhar um relatório ao Ministério Público em abril de 2025.
Informações de testemunhas revelaram que Bruno Henrique teria deletado mensagens para esconder evidências de sua suposta participação. Durante a operação da PF em novembro de 2024, as autoridades apreenderam seu celular nas dependências do CT do Flamengo, além de realizar buscas em residências em três estados diferentes.
Segundo documentos da investigação, as apostas feitas totalizaram R$ 5.642,58, resultando em um retorno estimado de R$ 17.007,01. As apostas variavam, com a menor sendo de R$ 350 e a maior alcançando R$ 1.425. Os apostadores foram categorizados com base em sua relação com Bruno Henrique, sendo divididos em dois grupos: familiares e amigos.
A defesa do jogador se manifestou em 20 de abril, negando veementemente qualquer envolvimento de Bruno Henrique em esquemas de apostas: *"Nunca esteve em esquema de apostas"*. Enquanto isso, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) solicitou acesso ao inquérito para avaliar eventuais punições ao jogador.
Embora o clube ainda não tenha feito uma declaração oficial sobre as acusações, fontes internas revelam que a diretoria acompanha a situação de perto. O Ministério Público deverá tomar uma decisão sobre uma possível denúncia contra Bruno Henrique dentro de 30 dias, com o jogador enfrentando potenciais acusações de estelionato e fraude esportiva.
*Imagens da operação de novembro de 2024, quando agentes apreenderam celulares no CT rubro-negro.*
Juridicamente, especialistas pontuam que, se os indícios se confirmarem e Bruno Henrique for condenado, ele poderá enfrentar penas que variam de 2 a 6 anos de prisão por fraude esportiva. Além disso, o STJD pode aplicar uma suspensão significativa. A defesa do atleta manifesta a intenção de contestar as provas apresentadas, defendendo a ausência de uma conexão clara entre o cartão amarelo e o lucro obtido nas apostas.
O caso de Bruno Henrique reabriu o debate em torno da regulamentação das apostas esportivas no Brasil. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estuda a criação de um comitê de integridade que monitoraria as ações de jogadores e clubes, buscando evitar fraudes e proteger a integridade das competições.
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