A Sexta-feira Santa, comemorada em 18 de abril de 2025, é um momento central no calendário litúrgico católico, sendo o único dia do ano em que a Igreja não realiza missas. A tradição de não celebrar a missa neste dia remete à reflexão profunda sobre a crucificação e morte de Jesus Cristo, um evento crucial para a fé cristã.
A liturgia desse dia se concentra em uma ação especial, marcada pelo silêncio e pela oração, em vez da tradicional missa. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) explica que, "na Sexta-Feira Santa, é o único dia em que a Igreja não celebra missa, mas celebra-se uma ação litúrgica fazendo memória da entrega de Jesus por nós". Essa cerimônia inclui ritos e orações, mas exclui a consagração da hóstia, refletindo a profundidade do sacrifício que está sendo lembrado.
A Sexta-feira Santa é também um dia de jejum e abstinência, conforme estipulado no Código de Direito Canônico. Os católicos entre 14 e 60 anos são chamados a jejuar e a se abster de carne de animais de sangue quente, podendo consumir apenas peixe e alimentos simples. Além disso, o dia é um convite à oração e à meditação sobre o sofrimento de Jesus, promovendo uma introspecção que leva os fiéis a refletirem sobre o profundo amor divino.
Inserida na Semana Santa, a Sexta-feira Santa segue uma sequência de rituais que começam com o Domingo de Ramos e chegam até a celebração da Páscoa. As cerimônias da Quinta-feira Santa, como a bênção dos santos óleos e o ritual do lava-pés, são preparações que culminam na Vigília Pascal, repleta de espiritualidade e renovação.
A ausência da missa na Sexta-feira Santa possui um significado teológico profundo. A celebração da Eucaristia representa a presença real de Cristo, e no dia que recorda sua morte, a Igreja convida os fiéis a focar na Paixão de Jesus, em vez da celebração habitual da Eucaristia. As comunhões recebidas são das espécies consagradas no dia anterior, simbolizando a continuidade do sacrifício.
Os fiéis são incentivados a adotar uma postura de reverência, evitando festas, música alta e distrações que não condizem com a solemnidade do dia. Embora algumas tradições mais antigas, como evitar varrer a casa, existam, estas são mais uma escolha pessoal do que uma exigência religiosa. Vestimentas mais simples são adotadas por padres e bispos, refletindo a sobriedade que marca esta ocasião.
A Sexta-feira Santa, portanto, representa uma oportunidade única para reflexão e renovação espiritual, unindo milhões de pessoas em um respeito profundo e gratidão pela entrega de Jesus na cruz. Este dia prepara os fiéis para a alegria da ressurreição, que será celebrada no Domingo de Páscoa.