Empresas de tecnologia e startups estão projetando data centers na Lua e em órbita da Terra, visando enfrentar desafios ambientais e energéticos. Essas iniciativas têm o potencial de revolucionar o setor, ao explorar o espaço como uma alternativa para o armazenamento e processamento de dados.
A proposta envolve a criação de data centers espaciais que operem com eficiência e baixo impacto ambiental. A startup Lonestar, que recebe investimento brasileiro, está liderando este movimento e planeja testar um protótipo na Lua em novembro de 2025, em colaboração com a Intuitive Machines e lançamentos da SpaceX.
A missão inicial da Lonestar tem como foco a avaliação de capacidade de armazenamento e transferência de dados entre a Lua e a Terra. Também serão testadas a segurança do software e a engenharia em ambientes espaciais. O objetivo de longo prazo inclui o desenvolvimento de data centers com chips resistentes à radiação e a ampliação de suas capacidades ao longo dos anos.
A instalação de data centers no espaço visa reduzir o alto consumo de energia e o impacto ambiental associado aos centros na Terra. Em ambientes como a Lua, é possível utilizar energia solar constantemente e minimizar a necessidade de sistemas de resfriamento complexos, favorecendo a eficiência energética.
Embora a iniciativa apresente um grande potencial, o envio de data centers espaciais enfrenta desafios financeiros e logísticos. O custo de envio de um pequeno data center à Lua está entre 5 milhões e 6 milhões de dólares, exigindo parcerias e inovação tecnológica para garantir sua viabilidade.
A crescente demanda por processamento e armazenamento de dados, impulsionada pela inteligência artificial e digitalização, cria um cenário favorável para esses projetos. À medida que as tecnologias espaciais avançam e os custos de lançamento caem, a realidade de data centers na Lua e em órbita pode se tornar iminente, transformando a infraestrutura digital global.