A Polícia Federal (PF) lançou uma investigação sobre o atacante do Flamengo, Bruno Henrique, suspeito de envolvimento em um esquema de manipulação de apostas esportivas. O inquérito teve início em agosto de 2024, após movimentações suspeitas durante um jogo do Campeonato Brasileiro contra o Santos, onde Bruno recebeu um cartão amarelo e, em seguida, um cartão vermelho.
Três casas de apostas sinalizaram irregularidades nas apostas ligadas ao jogador, que geraram um aumento considerável nas movimentações antes e durante o jogo. O alerta se deu principalmente pela dinâmica inesperada que envolveu os cartões recebidos por Bruno Henrique, levando a PF a aprofundar a investigação.
As investigações revelaram conversas entre Bruno e seu irmão, Wander Nunes Pinto Junior. Em um diálogo, Wander indagou se Bruno conseguiria forçar um terceiro cartão amarelo, o que o atacante confirmou. Após o jogo, o irmão de Bruno expressou descontentamento por não ter recebido o pagamento de uma aposta que havia feito com base na informação do jogador.
Bruno Henrique se negou a depor à PF e, segundo relatos, apagou mensagens do seu celular, ações que chamaram ainda mais a atenção das autoridades. O jogador foi indiciado por fraude esportiva e estelionato, com penalidades que podem variar entre dois a seis anos de prisão para cada delito registrado.
A situação pode se agravar com a possibilidade de reabertura do caso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que tem o poder de aplicar punições, incluindo a suspensão ou a eliminação de Bruno das competições esportivas. O Flamengo se pronunciou ao reafirmar seu compromisso com a ética no esporte e respeitar a presunção de inocência do jogador durante todo o processo investigativo.
A investigação da Polícia Federal não apenas coloca em risco a carreira de Bruno Henrique, mas também levanta questões mais amplas sobre a integridade do esporte e as medidas de controle contra a manipulação de apostas, um fenômeno crescente no futebol brasileiro.