Harvey Weinstein, ex-magnata de Hollywood, voltou aos tribunais de Nova York para enfrentar novas acusações de estupro e agressão sexual. O julgamento, iniciado na terça-feira, 16 de abril de 2025, com a seleção do júri, poderá se estender por até seis semanas. Weinstein, de 73 anos, é processado por crimes que incluem o estupro de uma atriz aspirante em 2013 e a agressão sexual de uma assistente de produção em 2006. Vale lembrar que o ex-produtor já cumpre uma sentença de 16 anos em um caso separado na Califórnia.
A anulação da condenação anterior de Weinstein ocorreu após uma decisão do Tribunal de Apelações de Nova York, que constatou que as testemunhas haviam sido tratadas de forma inadequada durante o julgamento original. Essa reviravolta trouxe à tona sentimentos mistos entre os sobreviventes do movimento #MeToo, que falaram publicamente contra Weinstein. As principais testemunhas do julgamento anterior, Mimi Haleyi e Jessica Mann, estão novamente preparadas para relatar suas experiências no tribunal.
Weinstein manifestou a expectativa de que o novo julgamento seja conduzido com "olhos frescos", mais de sete anos após o início das investigações que levaram a sua queda. A seleção do júri, uma etapa que pode demorar até cinco dias, é vista como um elemento crucial para o desenrolar do caso e para as expectativas de justiça.
A anulação da condenação anterior de Weinstein representou um grande revés para os sobreviventes de abuso sexual, que colheram força e apoio no movimento #MeToo. O novo julgamento pode trazer um renovado senso de justiça para as vítimas, embora também exija que revivam experiências dolorosas e traumáticas durante o processo judicial. O caso continua a ser observado com atenção pela comunidade internacional, pois suas repercussões podem impactar futuras ações legais contra abusadores e moldar a discussão sobre a justiça em casos de violência sexual.