A startup Pacific Fusion, fundada em 2023, está se destacando no setor de energia nuclear com um ambicioso projeto de construção de uma usina de fusão que promete gerar mais energia do que consome. Com um financiamento de $900 milhões, a iniciativa é liderada por renomados cientistas como Will Regan e Keith LeChien, e visa a criação de um sistema de fusão magnética pulsada destinado à escalabilidade comercial. A primeira usina está projetada para ser inaugurada dentro de uma década.
A proposta da Pacific Fusion se diferencia pela utilização de uma tecnologia de confinamento inercial, na qual o combustível é comprimido por um campo magnético gerado por uma elevada corrente elétrica. Essa abordagem é distinta daquela utilizada no National Ignition Facility (NIF), que emprega lasers. A empresa criou um dispositivo inovador, o Marx Generator, capaz de gerar 2 terawatts de energia em apenas 100 nanossegundos, equivalendo a cerca de quatro vezes a potência média da rede elétrica norte-americana.
Em um movimento significativo, a Pacific Fusion está em negociações para um acordo exclusivo com a cidade de Alameda, onde planeja desenvolver um centro de pesquisa e desenvolvimento em Alameda Point. Este projeto, que envolve um investimento estimado em um bilhão de dólares, também visa a criação de cerca de 250 empregos permanentes. O acordo para negociação exclusiva foi aprovado em fevereiro de 2025, e a expectativa é de que, até meados do mesmo ano, a empresa decida entre Alameda e outro local na Baía de São Francisco.
A fusão nuclear é amplamente considerada uma solução potencial para a geração de energia limpa e segura, porém, a Pacific Fusion ainda enfrenta diversos desafios regulatórios e técnicos. A empresa está empenhada em assegurar que suas operações estejam em conformidade com as normas de segurança e ambientais, colaborando com órgãos reguladores, como o Departamento de Saúde Pública da Califórnia. Apesar dos obstáculos, os avanços tecnológicos e o respaldo financeiro fazem com que a empresa se mantenha otimista em relação à possibilidade de produzir energia de fusão comercialmente viável no futuro.