Mario Vargas Llosa, renomado escritor peruano e vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 2010, faleceu no último domingo, 13 de abril de 2025, aos 89 anos. Seus filhos confirmaram que ele faleceu rodeado pela família, em um ambiente de paz. Conhecido como um dos principais expoentes da literatura latino-americana, Vargas Llosa deixou um legado que vai além de suas obras, impactando a sociedade com seu engajamento político e filosófico.
Vargas Llosa foi um dos ícones do chamado boom latino-americano, movimento que destacou obras de grandes autores da região. Romances como "La ciudad y los perros" e "La fiesta del chivo" são apenas algumas de suas contribuições, que reformularam as regras do realismo e abordaram de forma crua temas como poder, violência e miséria humana. Além de ser um romancista de sucesso, ele também se destacou como ensaísta e polemista, unaperguntando a importância da democracia e liberdade individual em suas obras.
Além do seu brilhante caminho literário, Vargas Llosa foi uma figura ativa nos debates políticos da América Latina e da Europa. Em sua juventude, adotou posturas marxistas, mas uma mudança de visão o levou a defender o liberalismo clássico. Em 1990, ele se candidatou à presidência do Peru, mas viu seu sonho ser interrompido pela vitória de Alberto Fujimori. Sua trajetória política foi marcada pela defesa da democracia, onde criticou tanto ditaduras de esquerda quanto de direita, sendo um defensor incansável do Estado de direito.
A morte de Mario Vargas Llosa gerou um movimento intenso de homenagens, refletindo sobre o impacto que ele teve na literatura e na política. Respeitando os desejos do autor, sua família optou por não realizar cerimônias públicas. Seus restos foram incinerados, seguindo a sua última vontade. O legado deixado por Vargas Llosa permanece não apenas em seus prêmios, mas na influência duradoura que sua obra e seus pensamentos continuarão exercendo sobre as futuras gerações.