A noite de quinta-feira, 10 de abril, se transformou em um pesadelo para os torcedores do Fortaleza e para o futebol sul-americano após o trágico confronto entre Colo-Colo e Fortaleza, que culminou na morte de dois jovens torcedores chilenos em Santiago. Em meio ao caos, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) agora clama por ações rigorosas da Conmebol e pede que a vitória seja dada ao Fortaleza com um placar de 3 a 0.
A confusão teve início antes mesmo da partida no Estádio Monumental David Arellano, quando torcedores do Colo-Colo tentaram invadir o local sem ingressos. A intervenção policial não foi suficiente para conter a situação, resultando na morte de dois jovens, com idades de 18 e 13 anos, conforme informado pelo Ministério Público chileno. A violência se espalhou mesmo após o início do jogo, quando torcedores invadiram o campo e começaram a arremessar objetos, forçando a paralisação da partida.
A CBF, preocupada com a gravidade dos incidentes, enviou um documento formal à Conmebol. Neste, solicita que o Fortaleza seja declarado vencedor da partida, citando o Código Disciplinar da entidade que prevê a derrota por 3 a 0 do clube mandante em casos de responsabilidade ou negligência. A Conmebol, por sua vez, declarou que tomará as medidas regulamentares cabíveis e encaminhará o caso ao Comitê Disciplinar para um veredicto final.
As implicações dos incidentes são vastas. A Conmebol poderá aplicar sanções severas ao Colo-Colo, que podem incluir a desqualificação de competições futuras, a fim de manter a integridade do futebol. O Fortaleza, respaldado pela CBF, busca garantir os três pontos da partida, enfatizando que a responsabilidade pela segurança dos torcedores recai sobre o clube mandante.
A decisão que será tomada pelo Comitê Disciplinar da Conmebol, que avaliará todas as evidências e informações disponíveis, poderá ter repercussões significativas para ambos os clubes e, possivelmente, para o tratamento da segurança em eventos esportivos na região. Historicamente, o futebol tem enfrentado desafios com a violência, e a pressão para que medidas eficazes sejam implementadas se faz ainda mais urgente.