O presidente da China, Xi Jinping, realizará uma visita oficial ao Vietnã, Malásia e Camboja entre os dias 14 e 18 de abril. Este será o seu primeiro compromisso internacional de 2025 e acontece em um contexto de crescentes tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos.
A passagem de Xi pelo Vietnã está agendada para os dias 14 e 15 de abril, seguida por visitas à Malásia e ao Camboja de 15 a 18 de abril, a convite dos líderes desses países. Esta viagem é vista como uma oportunidade crucial, pois a China enfrenta tarifas que podem chegar a 145% nos EUA, enquanto os parceiros asiáticos também lidam com tarifas, embora em escalas menores.
A visita de Xi ocorre em um momento decisivo para as relações comerciais na região do Sudeste Asiático. Vietnã, Malásia e Camboja têm procurado formas de mitigar os impactos das tarifas americanas, ao mesmo tempo em que estão abertas para aprofundar laços comerciais com a China. A Malásia, em particular, vê a visita como uma chance de fortalecer seus laços econômicos com um dos seus maiores parceiros comerciais.
O principal objetivo da viagem de Xi é reforçar as relações políticas e econômicas com seus vizinhos no Sudeste Asiático. O Vietnã, que pratica uma "diplomacia de bambu" para equilibrar suas interações com a China e os EUA, também busca promover um ambiente de cooperação na região. Para as nações envolvidas, a visita é uma chance de aparentar um alinhamento estratégico maior com o gigante asiático em meio a um cenário global incerto.
A relevância econômica dessa viagem não pode ser subestimada. O Vietnã destaca-se como um dos principais parceiros comerciais da China dentro da ASEAN, com um comércio bilateral que alcançou aproximadamente US$ 260,65 bilhões em 2024. Além disso, a China tem injetado grandes quantidades de investimento em infraestrutura, especialmente no Camboja, onde sua influência está em ascensão.
A visita de Xi Jinping é mais do que uma simples formalidade diplomática; ela representa um passo estratégico na tentativa da China de consolidar sua esfera de influência no Sudeste Asiático diante das dificuldades comerciais que enfrenta globalmente. Este movimento pode definir o futuro das relações assimétricas entre a China e as nações da região, moldando a dinâmica do poder econômico e político na Ásia.