Glauber Braga: Cassação iminente e reações intensas

O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) se vê em uma situação delicada após a aprovação, por 13 votos a 5, do pedido de cassação de seu mandato pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. A votação ocorreu no dia 9 de abril de 2025 e seguiu como um reflexo de sua agressão física contra um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) dentro da Casa, em abril de 2024.

O processo será encaminhado ao plenário da Câmara, onde Glauber necessita de 257 votos para evitar a cassação. A acusação contra ele gira em torno de um incidente onde ele teria agredido fisicamente Gabriel Costenaro, após este ter feito insultos direcionados ao parlamentar e à sua mãe. Glauber defende sua atitude como uma reação à defesa da honra materna, alegando ainda ser alvo de uma perseguição política motivada por suas críticas contundentes ao orçamento secreto e ao ex-presidente da Câmara, Arthur Lira.

Ambiente Político Tenso

O clima no PSOL é de preocupação e pessimismo em relação às chances de defesa de Glauber no plenário. Nesse contexto, o partido está articulando diversas estratégias para reverter a situação. Uma das ações planejadas inclui diálogos diretos com lideranças políticas, além de uma possível conversa com o presidente Lula e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Estas discussões visam mobilizar apoio para o parlamentar em meio à turbulência.

Ação Radical e Críticas ao Processo

Como parte de sua luta, Glauber iniciou uma greve de fome, afirmando que não irá desistir até que uma decisão sobre seu caso seja alcançada. A presidente do PSOL, Paula Coradi, declarou que o processo representa uma clara "perseguição política" e um "ataque frontal à esquerda", relembrando que Glauber tem se destacado como crítico das manobras envolvendo o orçamento secreto, aumentando as tensões com Arthur Lira.

• A violência no discurso político acompanha uma crítica à severidade das punições aplicadas, levantando questões sobre a proporcionalidade do castigo.
• O PSOL argumenta que a pena imposta a Glauber é desproporcional, especialmente quando comparada a casos de parlamentares que enfrentaram situações mais graves e não sofreram consequências tão severas.

À medida que o caso avança, as implicações políticas e sociais se fazem sentir, trazendo à tona a discussão sobre o limite da liberdade de expressão e a responsabilidade dos parlamentares dentro do ambiente legislativo. O desfecho deste conflito será observado de perto, revelando tensões e talvez provocando mudanças nas dinâmicas políticas dentro da Câmara dos Deputados.