O futuro do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) está agora nas mãos da Câmara dos Deputados, após o Conselho de Ética aprovar, em 9 de abril de 2025, o pedido de cassação de seu mandato por quebra de decoro parlamentar. O caso, que se origina de uma agressão a um membro do Movimento Brasil Livre (MBL), Gabriel Costenaro, durante uma manifestação em abril de 2024, enfrenta agora uma série de passos cruciais que determinarão o desfecho dessa polêmica.
A briga física entre Glauber Braga e Costenaro ocorreu em um contexto de tensão, quando o deputado expulsou o integrante do MBL da Câmara. O ato violento, que incluiu empurrões e chutes, gerou uma onda de indignação e resultou na solicitação de sua cassação, a qual foi aprovada com 13 votos a favor e 5 contra no Conselho de Ética.
Com o parecer do Conselho de Ética em mãos, o próximo passo é a votação no plenário da Câmara, onde é necessário o apoio de pelo menos 257 deputados para que a cassação seja efetivada. Contudo, Glauber ainda terá a chance de recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes que a situação seja levada à votação. Se o pedido de recurso for aceito, há a possibilidade de que o processo seja arquivado. Contrapôs-se a essa situação uma pressão crescente nos corredores da Câmara e um ímpeto partidário para uma resolução rápida.
Em resposta à aprovação do comando do Conselho de Ética, Glauber Braga anunciou que iniciará uma greve de fome como forma de protesto, argumentando que está sendo alvo de uma perseguição política. Esta decisão drástica visa chamar a atenção da sociedade e reafirmar sua posição como defensor das causas que julga justas. Além disso, se a cassação for confirmada, o deputado poderá ficar inelegível por até oito anos, um impacto que impediria sua participação em futuras eleições.
A situação de Glauber Braga gerou debates acalorados sobre a proporcionalidade da punição proposta e o que ela representa dentro do atual contexto político do Brasil. A posição dele, vista por alguns como uma defesa cristalina da liberdade de expressão, é questionada por outros, que apontam para a necessidade de um comportamento adequado em ambientes legislativos. Isso sugere que não se trata apenas de uma questão de regras internas, mas de um debate mais amplo sobre as fronteiras do comportamento político.
A decisão final sobre o futuro de Glauber Braga indicará não apenas o destino individual do deputado, mas também as consequências mais amplas para o cenário político do Brasil. A expectativa agora recai sobre como os parlamentares responderão ao caso e que precedentes ele poderá estabelecer para situações semelhantes no futuro.