A situação no Cruzeiro se tornou crítica após declarações do dono da SAF, Pedro Lourenço, que apontou falhas nas contratações do elenco para a temporada de 2025. O dirigente, em uma coletiva de imprensa realizada em abril, admitiu que o clube investiu mais de R$ 200 milhões em jogadores, mas os resultados em campo não têm refletido o investimento realizado. Lourenço pediu desculpas à torcida, descontentes com as recentes atuações do time, que culminaram em derrotas importantes.
Entre os jogadores que chegaram ao clube estão nomes de peso como Gabigol, Fabrício Bruno e Dudu. Entretanto, a contratação destes atletas gerou escândalos, alimentando o descontentamento entre os torcedores, principalmente após o Cruzeiro apresentar um desempenho abaixo das expectativas. O técnico Leonardo Jardim, que participou ativamente da montagem do elenco, teve dificuldades para encontrar um modelo de jogo eficaz, destacando que sua única aprovação foi para a contratação do jogador Vanderson.
O ambiente no clube foi abalado, com os atletas e membros da comissão técnica reagindo negativamente às declarações de Lourenço, que foram percebidas como uma forma de transferir responsabilidade. O clima pesado intensificou-se após os recentes resultados ruins, como a derrota na estreia da Copa Sul-Americana frente ao Unión Santa Fé e o revés no Campeonato Brasileiro contra o Internacional.
Com a folha salarial sendo uma das mais altas do futebol nacional, as expectativas para o desempenho em campo são elevadas. O clube mineiro, conhecido por sua tradição, agora enfrenta um dos seus maiores desafios: retomar a confiança e buscar vitórias consistentes nas competições. O próximo embate contra o São Paulo no Brasileirão é crítico, e o Cruzeiro precisa superar as tensões internas para evitar uma temporada marcada por frustrações.
As falhas nas contratações e a falta de resultados devem servir de alerta para a diretoria do Cruzeiro. A pressão aumenta e as próximas semanas serão fundamentais para o futuro do time, que busca não apenas a recuperação em campo, mas também fortalecer sua relação com a torcida, que exige resultados e desempenho compatível com a história do clube. A gestão interna precisará reconsiderar suas estratégias para evitar que a crise atual comprometa ainda mais a trajetória da equipe na temporada.