Em meio a incertezas no mercado tecnológico, as ações da Apple e Tesla enfrentam desafios drásticos devido às tarifas impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Essas tarifas consistem em um aumento de 54% sobre as importações chinesas, afetando diretamente tanto a produção da Apple quanto a cadeia de suprimentos da Tesla.
A turbulência começou a ser sentida nos últimos dias com reações imediatas nas bolsas, principalmente em uma das regiões mais afetadas: a China. O país é essencial para a Apple, que produz 90% de seus iPhones em suas fábricas, e também representa um fator crítico para a Tesla, que enfrenta tarifas de represália.
O impacto financeiro é profundo, uma vez que as tarifas elevam os custos de produção e ameaçam a demanda pelos produtos das duas empresas. Especialistas como Dan Ives, da Wedbush Securities, não hesitaram em revisar suas previsões para Apple e Tesla, refletindo os riscos impostos pela nova política tarifária.
A Apple, com sua forte dependência da produção na China, encontra-se sob pressão significativa. As tarifas podem elevar o custo de produção de um iPhone em mais de 45%, o que pode resultar em aumentos de preços para os consumidores. Essa previsão levou a uma drástica redução de 20% no alvo de preço das ações da Apple, caindo de $325 para $250. Não por acaso, em 7 de abril de 2025, as ações da fabricante de iPhones caíram 3.67%, resultando em uma perda de $638 bilhões em capitalização de mercado em apenas três dias.
A Tesla não está imune às consequências da nova política tarifária. A empresa enfrenta o que foi descrito por analistas como uma "tempestade perfeita" — um conjunto de desafios que inclui a exposição às tarifas, dificultando a importação de componentes críticos, como baterias, e uma crise de reputação ligada às polêmicas envolvendo seu CEO, Elon Musk. As entregas de veículos caíram 13% no primeiro trimestre de 2025, totalizando 336,681 unidades, refletindo uma degradação na demanda devido a pressões tanto políticas como econômicas.
Face a isso, Dan Ives reduziu o alvo de preço das ações da Tesla de $550 para $315, mas mantém uma visão otimista sobre as inovações tecnológicas que a empresa continua a perseguir.
Embora as tarifas representem um desafio imediato, a capacidade de adaptação de Apple e Tesla pode oferecer um caminho para a recuperação. A Apple, por exemplo, pode começar a diversificar sua produção para outros países, reduzindo sua dependência da China. Por sua vez, a Tesla continua a investir em tecnologias avançadas, como inteligência artificial e condução autônoma, que podem ser fundamentais para a sua resiliência futura.
O sucesso a longo prazo dessas gigantes da tecnologia dependerá da gestão eficaz de seus desafios políticos e econômicos, que serão essenciais para moldar o futuro das duas empresas em um cenário tão volátil.
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