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Na manhã desta terça-feira, 8 de abril, o futebol brasileiro perdeu uma de suas maiores lendas. Haílton Corrêa de Arruda, conhecido mundialmente como Manga, faleceu aos 87 anos no Hospital Rio Barra, no Rio de Janeiro. O ex-goleiro, que lutou bravamente contra um câncer de próstata, deixa um legado incomparável em sua trajetória no mundo do futebol.
Manga iniciou sua carreira em 1955, defendendo as cores do Sport, onde rapidamente se destacou, conquistando três títulos estaduais. Sua habilidade sob as traves chamou a atenção e ele se transferiu para o Botafogo, clube onde se tornou ídolo, vencendo quatro Campeonatos Cariocas e três Torneios Rio-São Paulo. Sua trajetória ainda o levou ao Nacional do Uruguai, onde ergueu quatro títulos nacionais, uma Copa Libertadores e um Mundial Interclubes em 1971.
No Internacional, Manga consolidou sua fama ao se tornar bicampeão brasileiro em 1975 e 1976, além de ser tricampeão gaúcho. Sua performance Hercúlea na final do Campeonato Brasileiro de 1975, jogando com dois dedos quebrados, é um testamento de sua coragem e dedicação ao esporte, solidificando sua posição como um dos maiores goleiros da história do futebol.
A importância de Manga para a posição de goleiro é tamanha que sua data de nascimento, 26 de abril, foi instituída como o Dia do Goleiro no Brasil. Isso reflete não apenas a sua habilidade, mas também o impacto que teve sobre as futuras gerações de goleiros. Em sua carreira, ele também teve a honra de representar a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966, jogando ao lado de grandes ícones como Garrincha e Zagallo.
Após pendurar as luvas, Manga não se distanciou do futebol. Ele dedicou-se a formar outros goleiros, atuando como preparador de goleiros em Quito e nos Estados Unidos, mantendo assim um eterno vínculo com o esporte que sempre amou. Mesmo após sua saída dos gramados, seu legado como um dos maiores goleiros do futebol sul-americano continua a ressoar nas lembranças e histórias do esporte.
Manga deixa um legado que transcende títulos e conquistas. Sua história de vida e resiliência serve como inspiração para jogadores e fãs do futebol, provando que o verdadeiro espírito do esporte vive na coragem, determinação e paixão por cada jogo. O falecimento de Manga é uma grande perda para o futebol, mas seu espírito permanece vivo nas memórias de todos que o acompanharam e o admiraram.
