A Coreia do Sul acaba de marcar suas próximas eleições presidenciais para o dia 3 de junho de 2025, uma decisão crucial após o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol. O anuncio foi feito pelo primeiro-ministro interino Han Duck-soo, na esteira da confirmação do Tribunal Constitucional de que o impeachment de Yoon, que decretou lei marcial em dezembro de 2024, era válido.
A crise política que envolve a Coreia do Sul remonta a 3 de dezembro de 2024, quando Yoon Suk Yeol, em uma manobra controversa, impôs a lei marcial com o intuito de controlar a situação política. Esta ação gerou uma onda de críticas, culminando na votação de impeachment iniciada na Assembleia Nacional em 14 de dezembro do mesmo ano, onde 204 dos 300 legisladores se posicionaram favoravelmente à destituição. A decisão final do Tribunal Constitucional, realizada em 4 de abril de 2025, confirmou a remoção de Yoon do cargo, inaugurando um novo capítulo na política sul-coreana.
Entre os principais candidatos, destaca-se Lee Jae-myung, representando o Partido Democrata. Lee, que perdeu a eleição em 2022 para Yoon Suk Yeol, é considerado por muitos seus apoiadores como um reformista populista. No entanto, ele não escapa das controvérsias, enfrentando cinco processos por corrupção que podem ser suspensos se ele assumir a presidência, devido à imunidade que essa posição garante.
Por outro lado, o Partido do Poder do Povo, até então sob a liderança de Yoon, ainda não definiu seu candidato para a disputa. Um total de cerca de 10 políticos estão se mobilizando para a indicação, mas o partido enfrenta grandes desafios tanto internos quanto externos, em decorrência da decisão contestada de Yoon.
As eleições presidenciais de junho de 2025 prometem ser competitivas e polarizadas. A interação entre os principais partidos é marcada por uma profunda divisão política, refletindo um cenário de desconfiança popular significativo, especialmente em relação ao Partido do Poder do Povo. É inegável que Lee Jae-myung é considerado o favorito, mas as tensões políticas, debates acalorados e a polarização acentuada suggiram que a campanha será tudo menos previsível.
O futuro político da Coreia do Sul está em jogo, podendo esta eleição ser um divisor de águas na trajetória do país, considerando as amplas agendas políticas em disputa e a vontade da população em restaurar a confiança nas instituições.