Uma tempestade intensa na tarde de segunda-feira, 31 de março, devastou a região metropolitana de São Paulo, com Mauá sendo uma das cidades mais afetadas. Em um fenômeno alarmante, a cidade experimentou em apenas seis horas a precipitação equivalente a dezoito dias de chuva, somando cerca de 60% do volume médio mensal de março, que é de aproximadamente 230 mm. Santo André também sofreu consequências severas, com uma precipitação que alcançou 42% do volume médio mensal, totalizando 95 mm durante o mesmo período.
Os estragos foram visíveis em várias áreas. Em Mauá, o caos se manifestou por meio de alagamentos generalizados e quedas de árvores, resultando em sete alagamentos e dois incidentes de árvores caídas. A situação em Santo André foi ainda mais problemática, com 63 alagamentos e 23 quedas de árvores registradas. A estação de trem em Santo André ficou completamente inundada, complicando ainda mais o cenário de transporte público já crítico.
A Linha 10-Turquesa, que opera na região, enfrentou interrupções em sua circulação devido a alagamentos em trechos específicos. Para fazer frente à situação, ônibus foram mobilizados como alternativa para atender os passageiros afetados, demonstrando os efeitos diretos da natureza sobre a rotina diária da população.
Diante dos estragos, a Defesa Civil emitiu um alerta severo, colocando as cidades do ABC Paulista sob vigilância contínua por chuvas intensas, com previsões de tempo severo se estendendo até o dia 6 de abril. Em resposta à tempestade, a Operação Chuvas, que estava prevista para encerrar no dia 31, foi prorrogada até o dia 15 de abril, visando proteger a população e mitigar riscos em meio a novas precipitações esperadas.
Os meteorologistas do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) estão mantendo o alerta ligado para as chuvas intensas que poderão afetar toda a região ao longo da semana. O monitoramento constante é essencial para prevenir tragédias e fornecer informações precisas à população sobre as condições meteorológicas.