No último voo da Qatar Airways entre Melbourne, na Austrália, e Doha, no Catar, uma passageira idosa faleceu em circunstâncias trágicas. A mulher desmaiou durante o trajeto, e apesar dos esforços da tripulação para reanimá-la, infelizmente, não conseguiu sobreviver. O incidente gerou desconforto e críticas, não apenas pela situação em si, mas pela forma como foi gerenciada.
O casal de australianos, Mitchell Ring e Jennifer Colin, que estavam sentados ao lado da mulher, presenciou o desmaio e a tentativa de reanimação. Em relato, eles destacaram que a tripulação tentou, sem sucesso, levar a idosa para a classe executiva em busca de mais espaço, dadas as limitações do corredor. A solução encontrada foi cobrir o corpo da passageira com um cobertor enquanto Mitchell se movia para acomodá-la. Jennifer, por sua vez, recebeu um assento temporário do outro lado do corredor, aguardando o desfecho da situação.
A Qatar Airways, em nota, expressou suas mais sinceras desculpas pelo ocorrido, afirmando que faria contato com os passageiros envolvidos para oferecer apoio. Contudo, o casal criticou a falta de um protocolo claro para situações desse tipo, enfatizando a necessidade de suporte psicológico para aqueles que testemunham tragédias em voos.
A repercussão do incidente gerou diferentes opiniões entre os passageiros e a companhia aérea. A Qatar Airways admitiu o desconforto e a gravidade do que aconteceu, mas Mitchell e Jennifer levantaram questões sobre a eficácia do suporte em emergências a bordo. A Qantas Airways, que foi intermediária na venda das passagens, também se manifestou, garantindo que os passageiros afetados teriam acompanhamento da companhia.
A ausência de recursos visuais que documentem o incidente não diminui sua seriedade. A situação expõe uma falha crítica nos protocolos de emergência implementados por companhias aéreas, sublinhando a necessidade de diretrizes rigorosas e suporte emocional para passageiros que vivenciam situações difíceis durante os voos.
Eventos como este ressaltam a importância de estarmos preparados para emergências, e as companhias aéreas devem assegurar que seus funcionários sejam treinados de maneira adequada para lidar com crises a bordo. Com mais de 4 horas de voo restantes após o falecimento da mulher, a experiência desse casal foi marcada por um deslize no manejo de um grave incidente, trazendo à tona a discussão sobre a humanização do atendimento a bordo.